Inmet divulga previsão para a semana com chuvas volumosas esperadas sobre Mato Grosso
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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou nesta terça-feira (16) a perspectiva climática até a próxima segunda-feira (22) para todo o Brasil. Esta semana deve ser marcada por um padrão atmosférico típico do verão, com a organização de um canal de confluência de umidade que pode evoluir para uma Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
De acordo com o Inmet, esse sistema deve atuar com orientação de noroeste para sudeste, favorecendo a ocorrência de volumes elevados de chuva em um corredor que se estende do Norte ao Sudeste do país, passando pelo Centro-Oeste, ao longo de vários dias consecutivos.

No Centro-Oeste, o Inmet aponta um cenário de atenção para chuvas persistentes e volumosas, principalmente em Mato Grosso e Goiás. A formação e manutenção do canal de convergência de umidade deve sustentar precipitações frequentes, com acumulados entre 100 e 200 milímetros em áreas dos três estados da região.
No norte de Mato Grosso e no sul de Goiás, os volumes podem ser ainda mais expressivos. Segundo o Inmet, o período mais crítico está concentrado entre os dias 17 e 21 de dezembro, quando as pancadas tendem a ocorrer com maior intensidade e potencial para transtornos.
O mapa de precipitação acumulada em 24h mostra chuvas a partir de 20 milímetros no sul de Goias, sul de Mato Grosso. As chuva vão se intensificando ao longo da semana, ficando em torno dos 100 milímetros em 24h sobre o centro-norte de Mato Grosso.

Em Mato Grosso do Sul, embora haja previsão de chuva, o instituto destaca menor favorecimento para grandes acumulados, com um cenário relativamente mais seco. A umidade relativa do ar deve permanecer elevada na maior parte da região, entre 60% e 80%, reduzindo-se para valores próximos de 40% a 50% no oeste sul-mato-grossense.
No Sudeste, as informações do Inmet indicam chuvas significativas até pelo menos o dia 18 de dezembro em amplas áreas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, com avanço para o sul do Espírito Santo na sequência. A atuação do sistema, combinada à passagem de uma frente fria pelo oceano, aumenta o risco de tempestades em regiões como o Vale do Paraíba, Serra do Mar, Mantiqueira, sul e Triângulo Mineiro, além da serra fluminense e de grande parte do território fluminense.
Nesses locais, os volumes podem atingir entre 100 e 200 milímetros em até 48 horas. Em São Paulo e no Espírito Santo, o Inmet ressalta que as chuvas tendem a ocorrer de forma mais isolada e com menores acumulados. A umidade relativa do ar deve se manter entre 65% e 75% ao longo da semana, com exceção do norte mineiro, onde pode cair para perto de 50%.
Na Região Norte, o Inmet destaca a concentração das chuvas mais volumosas sobre o Amazonas, onde a combinação de calor, alta disponibilidade de umidade e circulação atmosférica local favorece a formação de áreas de instabilidade persistentes.
Os acumulados previstos variam, em geral, entre 60 e 150 milímetros, podendo superar esse patamar em pontos alinhados ao canal de confluência de umidade. O norte do Amapá também deve registrar volumes mais elevados, influenciado pela proximidade com a Zona de Convergência Intertropical.
Por outro lado, o sul do Amapá, o norte do Pará e Roraima devem enfrentar uma semana com pouca chuva, restrita a episódios rápidos e localizados. Conforme o Inmet, a umidade relativa do ar seguirá alta na maior parte da região, acima de 60%, mas pode cair para níveis entre 30% e 40% em áreas com menor ocorrência de precipitação.
No Sul do país, a passagem de uma frente fria deve provocar acumulados elevados no oeste do Paraná e no Rio Grande do Sul, com volumes que podem ultrapassar 100 milímetros em 24 horas. Em Santa Catarina, ainda há condição para chuva no dia 17, embora com tendência de redução da intensidade à medida que o sistema se afasta.
A partir da segunda metade da semana, o Inmet aponta predomínio de tempo mais seco e estável em toda a região. A umidade relativa do ar permanece elevada no começo do período, em torno de 70%, diminuindo gradualmente para valores entre 40% e 50% nos dias seguintes.
Já no Nordeste, o Inmet prevê uma semana com predomínio de tempo seco na maior parte dos estados. As exceções ficam por conta do norte do Maranhão e do Piauí, onde podem ocorrer pancadas isoladas a partir de meados da semana, porém com baixos acumulados. O instituto chama atenção para os baixos índices de umidade relativa do ar, especialmente na faixa que envolve Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia, com valores entre 20% e 30% e possibilidade de níveis ainda menores, abaixo de 15%, entre Pernambuco e o norte da Bahia. No extremo oeste baiano, a umidade tende a ser mais elevada, superando 50%, segundo as projeções do Inmet.
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