Feijão, por Ibrafe: Alta chega nas gôndolas e a oferta diminui a cada dia
A semana de bons negócios está confirmando a tendência de alta para o período, como previmos, para o mês de outubro, desde o início deste ano. Os preços recuariam e em outubro retomariam patamares que se aproximam da realidade dos custos que os produtores têm tido.
Embora os níveis acima de R$ 260 no interior do estado de São Paulo sejam interessantes, ontem os produtores com Feijão seco em mãos recuaram diante da previsão de chuvas nos próximos dias. Enquanto isso, é hora de vender o Feijão comercial e é isso que vem ocorrendo com preços reajustados também.
É o caso do Mato Grosso, onde os produtores pedem acima dos R$ 200 de poucos dias atrás. E já há quem pague, pois a lógica é: ou pago mais ou fico sem produto. "Quando o produtor põe dentro do armazém e passa o momento de pico de oferta, a gente sabe que vai precisar ir reajustando", dizia ontem um antigo corretor do Mato Grosso, e acaba sendo bom para todos, pois Feijão de R$ 7 na gôndola vende o mesmo tanto do Feijão de R$ 9".
Já começam a falar que o Feijão está pressionando os índices de inflação, mas quem registra este fato em letras de destaque nada fez para avisar a população que o Feijão até semana passada estava mais barato. Para o consumidor, na verdade, é hora de enfrentar a necessidade de pagar mais pelo alimento básico.
O setor precisa agora estar unido em apontar quais são as alternativas do governo para equilibrar o mercado e ela não passa por plantar mais Feijão-carioca, o que pode gerar super oferta com prejuízo para todos. Também não passa por esperar que pequenos produtores deem conta de socorrer um mercado de 3 milhões de toneladas.
É hora de nos juntarmos em torno das ideias do Pró-Feijão lançado no Fórum do Feijão em Brasília no mês de setembro. Leia e opine, participe com sugestões. É o momento de indicarmos aos dirigentes públicos o que é melhor para o setor.
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