Ibrafe: Feijão-preto indo para ração animal
Alguns produtores têm ressaltado a situação angustiante em que se encontram. A tendência de queda nas cotações do Feijão-preto tem levado à busca urgente pela colheita e venda. Por outro lado, as chuvas retornaram esta semana à região Sul do Paraná, o que, por um lado, atrapalha os trabalhos de campo e, por outro, garante que, após as chuvas, mais uma vez sofrerão com a qualidade.
Nos armazéns, começa a haver um volume considerável de Feijão-preto com defeitos de todo tipo, e muitos desses grãos acabarão destinados à ração animal. Embora o volume de Feijão-preto seja realmente grande, a questão é quando esses grãos estarão devidamente armazenados, protegidos das intempéries. Até lá, é uma promessa incerta. Com essa situação de baixa qualidade, os preços também sofrem forte retração. Há variações ao produtor que vão de R$ 150 até os melhores R$ 220 no Paraná.
Na ponta, estão os exportadores que têm compromissos de embarque. Isso acaba potencializando a diferença entre o Feijão de boa qualidade, pronto para exportação, e os Feijões com algum defeito. O mercado de Feijão-carioca tem se mantido com preços estáveis na região Sul, enquanto mais e mais compradores começam a migrar para esse estado. Em Goiás e Minas Gerais, há uma diferença de preço enorme, que pode chegar a 27%, entre produtos afetados por diferentes defeitos e em distintas intensidades.
Tanto no Paraná, com preços variando entre R$ 170 e R$ 250, quanto em Minas Gerais, com negócios reportados entre R$ 210 e R$ 280, os produtores precisam analisar cuidadosamente as alternativas específicas de seus produtos no mercado. No momento, para o Feijão-carioca de boa qualidade, há um preço compensador. Quanto ao Feijão-preto, a sugestão é que os produtores também considerem a venda, uma vez que não há perspectivas sustentáveis no horizonte de médio prazo.
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