Suinocultores pedem crédito para abate e estocagem de animais
São atualmente atingidos pelos problemas na cadeira cerca de 1 milhão de pessoas e alguns municípios de Santa Catarina já decretaram situação de emergência com a crise.
Segundo o presidente do Instituto Nacional da Carne Suína (INCS), Wolmir de Souza, a situação dos suinocultores que já era critica, conseguiu piorar nas últimas semanas. “Produtores têm dificuldades de comercialização e animal é ofertado a R$1,60, enquanto leitão de creche de 30 kg é comercializado entre R$2,20 e R$2,50/kg. Preços estão achatados, com grande grau de inadimplência, pois os insumos continuam em alta, com a soja superando R$1 mil a tonelada e uma dificuldade enorme de se buscar crédito na praça para compras de insumos”, explica.
Alternativa – Para conter o avanço da crise, setor pede financiamento para pequenos frigoríficos abaterem leitões e estocarem para venda somente no final do ano. “A medida tem por objetivo tirar do mercado leitões que estão sendo produzidos sem comercialização, diminuindo assim as despesas de produtores que alimentam animais sem perspectivas de mercado”, explica o Deputado Federal Valdir Colatto (PMDB-SC).
Segundo Souza, a medida é a melhor opção em termos de praticidade de urgência. “Precisamos da participação financeira do Governo Federal para que sejam tirados do campo um grande volume de animais. O INCS fez o levantamento dos leitões de creche que precisam ser abatidos e frigoríficos interessados em abater e congelar estes animais para serem vendidos nas festas de final de ano. Além de tirar essa oferta, há também uma redução imediata no consumo de milho e farelo de soja. São animais que hoje pesam por volta de 30 kg, mas que em um curtíssimo espaço de tempo vão produzir cerca de 110 kg de carne para ser colocados no mercado”, explica.
O objetivo da medida é dar fôlego para que produtores consigam se planejar e permanecer na atividade.