Suíno Vivo: Estabilidade em grande parte das praças na segunda quinzena de maio
A segunda quinzena mês de maio foi de estabilidade para as cotações do suíno vivo em grande parte das principais praças, que continuaram acompanhando os números apresentados ao final de abril. O mercado segue com boas perspectivas de aumento no consumo e nas exportações, o que deve impulsionar as cotações nos próximos meses.
De acordo com levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas, o mês teve quedas no Sul Catarinense, que terminou maio com uma variação negativa de 3,28% em relação ao preço inicial e também em Cascavel (PR), cuja variação negativa terminou em 1,60%. Em Ijuí (RS), no entanto, houve um aumento na penúltima semana, com uma variação positiva de 3,51%.
A fraca movimentação ao final do mês de maio fez com que os compradores diminuíssem o ritmo das compras. Com isso, houve leve recuo na última semana, tanto no mercado atacadista como nos preços pagos aos produtores. A segunda quinzena do mês também fez diminuir o ritmo da demanda por parte do consumidor final, principal causa da perda de sustentação dos preços.
Para o mês de junho, as expectativas para o mercado são de que o consumo interno da carne apresentará uma melhora por conta do frio, que começa a ser mais acentuado nesta época. Os produtores também possuem boas expectativas para as exportações, que devem aumentar com as granjas dos Estados Unidos afetadas pela Diarreia Epidêmica Suína e com a Copa do Mundo, que deverá trazer um aumento no consumo de diversos produtos, entre eles, a carne suína.
Segundo levantamento publicado na última sexta-feira (30) pelo Centro de Estudos Avançados Em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, a demanda pelos cortes salgados suínos já se encontra aquecida por conta das baixas temperaturas. O Cepea aponta que a valorização mais expressiva nos últimos dias (de 22 a 29 de maio), de 10%, foi verificada para a costela salgada, cotada na média de R$ 12,55/kg nessa quinta-feira, 29, no atacado do estado de São Paulo. Para o pé e o rabo salgados, as altas foram de 4% no mesmo período, a R$ 6,64/kg e R$ 8,85/kg, respectivamente, na quinta. Pesquisadores apontam também que, para os cortes in natura, os preços também subiram no período, porém, essas altas estiveram mais atreladas à proximidade do início de mês, quando normalmente o atacado e o varejo se abastecem para atender ao maior consumo pontual.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne suína brasileira renderam US$110 milhões nos 21 dias úteis de maio, com uma média diária de US$5,2 milhões. A quantidade total exportada pelo país no mês chegou a 32,5 mil toneladas, com média diária de 1,5 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 3.382,5. Em relação à renda, os números de maio apresentaram uma baixa de 3,5% em relação a abril. Em volume, a média diária de embarques teve uma queda de 15,8%, mas o preço médio está 14,5% acima do obtido no mês anterior. Já em relação a 2013, a alta dos embarques chega a 7%, enquanto o recuo chega a 12,6% em volume.
No entanto, a agência estatal russa Rosselkhoznadnor já comunicou que a Rússia suspenderá a importação de suínos dos Estados Unidos a partir de sexta-feira por preocupações com surtos do vírus letal da diarreia suína, o que faz com que o suíno brasileiro encontre mais espaço no mercado.
A proximidade da colheita do milho safrinha traz perspectivas mais tranquilas, uma vez que a oferta deve aumentar e, consequentemente, o preço do milho deve diminuir.
Confira a variação de preços no período entre 02 e 30 de maio:
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