Novas tendências para a exportação mundial de frangos em 2020; pelo USDA e pela FAO

Publicado em 29/07/2020 08:22

Agora em julho, quase ao mesmo tempo, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgaram números atualizados sobre a produção, o consumo interno e o comércio internacional (importação e exportação) das carnes em 2019 e as tendências dos mesmos indicadores para 2020 – tendências, aliás, que vêm sendo continuamente atualizadas à medida que a evolução da pandemia indica novos horizontes.

A primeira constatação frente aos dois indicadores é a de que o volume exportável sugerido pela FAO é mais de 17% superior ao do USDA. Mas essa diferença tem duas explicações. A primeira é a de que o USDA exclui de suas estatísticas pés/patas de frango. A segunda é a de que a FAO inclui em suas estatísticas a carne de todo tipo de galináceo (afinal, após o abate, o produto de reprodutoras e/ou poedeiras descartadas vira carne de frango, não há mais distinção entre elas).

Isso posto, observa-se que, apesar de todas as diferenças, as projeções dos dois órgãos coincidem quanto ao comportamento global das exportações em 2020: redução entre 0,34% e 0,37% em relação a 2019. O que significa queda de volume entre 44 e 47 mil toneladas.

As tendências coincidem novamente em relação à China (redução de 12% nas exportações) e no tocante ao fato de que também a Tailândia deve reduzir suas vendas externas no decorrer de 2020. E como as duas instituições apontam expansão das exportações do Brasil e dos EUA, a diferença mais visível fica restrita à União Europeia – que, pelo USDA, deve reduzir suas exportações em quase 13%, enquanto pela FAO deve manter relativa estabilidade, com crescimento de apenas 0,23%.

Alguns destaques em relação ao Brasil:
 

Nas projeções do USDA tende a aumentar suas exportações em mais de 5% sendo, ao lado dos EUA, o único entre os cinco primeiros a ampliar o volume exportado em relação a 2019;

Ainda pelo USDA, o Brasil aumenta sua participação no “bolo” dos exportadores e responde por mais de um terço (34,09%) das exportações mundiais (pela FAO, a participação brasileira é de 30,37%; mas, aqui, é preciso considerar que as estatísticas da FAO envolvem número muito mais amplo de países, inclusive pequenos exportadores).

Também pelos números do USDA, o volume adicional previsto para o Brasil (200 mil toneladas a mais), cobre quase exatamente a redução apontada para a União Europeia (198 mil toneladas a menos).

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Fonte:
AviSite

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