AGS chama atenção para prejuízos de produtores de suínos em Goiás
O momento atual para o criador de suíno não é dos melhores. Em Goiás não é diferente. Mesmo com o preço bom no varejo, as contas não fecham no final, já que o custo de produção teve um reajuste maior e o valor de venda caiu.
Atualmente, os suinocultores goianos conseguem comercializar o suíno vivo por cerca de R$ 5,50 o quilo, valor que vem caindo nas últimas semanas. Para se ter uma ideia, no final de fevereiro e início de março, o preço chegava a R$ 7,30. A queda foi de R$ 1,85 (-33%).
Por outro lado, os insumos, principalmente na alimentação, estão como preços elevados. O custo da ração sobre o operacional chega a inimagináveis 78,43%. O custo total chega a R$ 6,45 por kg vivo, o que gera prejuízo no pior cenário de até R$ 0,95 para cada quilo produzido. A média geral, hoje, está em R$ 0,85 de prejuízo.
“O momento do mercado doméstico não é bom para o produtor, mas pelo menos as exportações trazem um alento”, explica o consultor de mercado da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Iuri Pinheiro Machado.
Segundo Iuri, março fechou com recorde de 96,8 mil toneladas de carne suína in natura exportada, superando as 91 mil toneladas de maio de 2020, o recorde anterior. No primeiro trimestre deste ano, os embarques cresceram 24% em relação ao ano passado.
“O bom ritmo das exportações junto com a volta do auxílio emergencial no curto prazo, a redução das restrições para o controle da pandemia, no médio prazo, e a vacinação em massa devem, gradativamente, aumentar a demanda, com a reposição do preço pago pelo suíno em patamares que permitam margens positivas”, explica o consultor.
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