Queda no preço do milho não traz alívio para o produtor de frango
Algumas das análises de mercado dos últimos dias vêm acompanhadas da observação de que a queda de preço do milho em junho corrente traz alívio para os avicultores. Alívio? Onde?
Sim. Depois de um ano de altas quase sucessivas, o milho encerra o primeiro semestre de 2021 com um preço médio mensal cerca de 7% inferior ao do mês anterior. Mas isso equivale a uma gota d’água num oceano. Porque, a despeito do retrocesso, o grão continua custando quase o dobro de um ano atrás, enquanto a valorização do frango não vai muito além dos 50%.
Aliás, a real distância do frango em relação à sua principal matéria-prima fica bem mais clara ao se analisar a evolução de preços dos dois produtos a partir de junho de 2019 (gráfico abaixo). Pois se nos 25 meses desde então decorridos o preço do frango foi corrigido em 60%, o do milho apresentou evolução de, aproximadamente, 135%. Isto – note-se e ressalte-se – se considerada a redução de preço de junho, pois, aos preços de maio, a alta do milho superou os 150%.
Mas por que a base de comparação é junho de 2019? Porque, até então e nos meses que se seguiram, a relação de preços entre frango e milho se manteve, aproximadamente, dentro da média histórica. Mas a partir de outubro daquele ano os preços do milho começaram a se desgarrar e, após breve interregno no segundo trimestre de 2020, seguiram numa alta alucinante e praticamente contínua, só interrompida agora em junho.
Para resumir, em junho de 2019 uma tonelada de frango vivo permitiu adquirir mais de 80 sacas de milho. Neste ano, mesmo mês, o poder de compra do frango caiu para 56 sacas, volume mais de 30% menor.
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