Cidasc e órgãos de segurança realizam ação para proibir a criação de javalis no Meio-Oeste catarinense

Publicado em 25/03/2024 09:27

Uma operação conjunta envolvendo o Departamento Regional da de Campos Novos, de Caçador e Blumenau da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), da Polícia Militar Ambiental, do Centro de Apoio Operacional de Combate aos Crimes Contra o Agronegócio (Caoagro) e da 26ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Campos Novos, teve como objetivo identificar e fiscalizar três propriedades alvo de denúncia de criatórios irregulares de javalis e javaporcos. 

A criação de javalis ou javaporcos é proibida pela legislação brasileira, devido ao risco que representam como fauna exótica invasora. Esses animais selvagens são capazes de causar danos significativos às lavouras, à flora e à fauna local. Além disso, representam uma ameaça à saúde pública, podendo transmitir doenças graves tanto para suínos quanto para seres humanos.

A ação conjunta entre as entidades visa ampliar as ações de defesa agropecuária no Estado e prevenir a ocorrência de crimes patrimoniais contra o agronegócio, além de combater a proliferação desse tipo de fauna invasora.

Herno Marcio Godel, gestor do Departamento Regional da Cidasc em Campos Novos, enfatiza a importância da colaboração entre os órgãos de segurança e fiscalização para garantir a integridade do setor agropecuário catarinense e a proteção da saúde pública.

Peste Suína Clássica (PSC)

A Peste Suína Clássica (PSC) é uma doença altamente infecciosa, com elevada taxa de contaminação e sem cura. Ela também é conhecida como febre ou cólera suína, e afeta suínos domésticos e selvagens. 

Embora tão contagiosa quanto a Peste Suína Africana, a principal diferença entre as duas pestes é o material genético que, no caso da PSC, é composto por RNA, que em português significa ácido ribonucleico, é uma molécula composta por uma cadeia de nucleotídeos responsável pela síntese das proteínas, formando um vírus da família Flaviviridae. A versão clássica da doença também não acomete os seres humanos, mas pode ser fatal para os suídeos geralmente. Em 2023, Santa Catarina completará nove anos como zona livre de Peste Suína Clássica, título concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). Apesar de não termos casos da doença há anos, é preciso sempre prevenir e ficar atento aos sinais da enfermidade. 

Os sinais clínicos da doença incluem: 

Alta diminuição no consumo de alimentos;
Febre acima de 40 °C;
Andar cambaleante;
Manchas avermelhadas pelo corpo, atrás das orelhas, entre as pernas e na papada;
Abortos, mortes de recém-nascidos e fetos mumificados, além de fêmeas com repetição de cio;
Conjuntivite e sinais clínicos respiratórios. 

Peste Suína Africana (PSA)

A Peste Suína Africana (PSA) é uma doença viral, altamente infecciosa, que atinge planteis de suídeos. A chance de sobrevivência do animal é quase nula, o que leva ao sacrifício sanitário, conforme determina a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). Não existe vacina para esta enfermidade. O vírus é bastante resistente e pode ser transmitido ao animal por meio de alimentos, equipamentos, sapatos, vestuários e no transporte contaminados. A doença não oferece risco à saúde humana.

Febre Aftosa

A Febre Aftosa causa febre, seguida pelo aparecimento de vesículas (aftas) e feridas, na boca, focinho, pés e tetos. Os animais também podem apresentar apatia, diminuição da ingestão de água e alimentos, salivação excessiva (“babeira”), queda da produção de leite e claudicação (“manqueira”).

Zona Livre de Febre Aftosa

A primeira Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação foi implantada em 1998 e envolveu o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre 2000 e 2001, foram detectados casos de febre aftosa no Rio Grande do Sul, que na época decidiu pelo retorno da vacinação; já Santa Catarina reforçou a fiscalização nos Postos Fixos de Fiscalização, nas divisas do estado, além de intensificação de atividades em propriedades rurais e de comunicação à comunidade, e se manteve no propósito de erradicar a doença e não vacinar o rebanho. Em 2007, a Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa) reconheceu a primeira Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação do país – o Estado de Santa Catarina, que se mantém até hoje.

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Fonte:
Cidasc - SC

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