IGC aumenta estimativa para safra mundial de grãos 2011/12
No entanto, o conselho afirmou em seu comunicado que apesar da revisão para cima, as estimativas ainda podem ser reduzidas por conta da quebra nas safras da América da Sul em função da estiagem que assola importantes produtores de grãos como o Brasil e a Argentina.
O consumo mundial de grãos também foi revisado para cima e pode chegar a 1,831 bilhão de toneladas na temporada vigente. O volume é 12,5 milhões de toneladas maior do que a estimativa de novembro e 2,6% maior do que na safra 10/11.
Milho - Para o milho, o IGC estima uma produção global de 861 milhões de toneladas , 8 milhões a mais do que o projetado em novembro e 4,2% maior do que em 2010/11.
O incremento nas estimativas para o cereal se deve, em partes, pelo aumento das colheitas da China e da Ucrânia. A safra chinesa deve totalizar 191,8 milhões de toneladas ante as 177,3 milhões de toneladas produzidas no ciclo anterior. A produção ucraniana cresceu ainda mais e deverá saltar de 11,5 milhões de toneladas - 2010/11 - para 21 milhões de toneladas.
Além disso, a instituição ainda aposta em bons volumes para a América do Sul apesar das quebras por conta da seca. "As colheitas na China e na Ucrânia foram especialmente grandes e, apesar de estimativas terem sido reduzidas este mês, Argentina e Brasil ainda devem produzir safras recordes", dizia o relatório mensal.
O consumo mundial do milho também foi revisto para cima, subindo de 2,7% em relação à temporada 2010/11 e podendo chegar a 867 milhões de toneladas.
Trigo - A projeção para a safra mundial de trigo também registrou um aumento e pode chegar a um recorde de 690 milhões de toneladas, 7 milhões de toneladas a mais do que a estimativa anterior.
Maiores estoques globais de trigo também foram projetados. "Estoques globais no final de 2011/12 foram revisados para cima e agora devem atingir 204 milhões de toneladas, pouco abaixo do recorde de 206 milhões em 1999/2000", disse o órgão.
Segundo o IGC, a projeção de incremento na safra global do grão reflete as expectativas otimistas para a América do Norte e na ex-URSS.