Mosca branca e estiagem afetam o feijão plantado no noroeste de Minas Gerais
O excesso de chuvas, que prejudicou a colheita da primeira safra, ocorreu em janeiro e durou 20 dias. "A produção média na região costuma ser de 45 sacas/ha, em média. Este ano, eu mesmo só colhi 28 sacas", conta o produtor rural Geraldo Emanuel Prizon, do município de Coromandel. Em média, a perda para os produtores foi de 50%.
Já o problema com a mosca branca, que agora é a grande vilã do segundo plantio, vem aumentando ano a ano, segundo Prizon, chegando a atacar até mesmo a soja produzida no município. Algumas regiões escolhem nem mesmo iniciar o plantio do feijão para evitar o problema.
Em Lagoa Formosa, os produtores vêm sofrendo com a mosca branca há 90 dias. Segundo o produtor Eliésio Carlos Rodrigues, a última safra gerou colheitas de até menos de 5 sacas/ha, o que também vem ocasionando no corte ou abandono de lavouras.
A mosca branca e o clima também afetaram a cidade de Unaí. A colheita, que normalmente tem uma produtividade média de 48 a 52 sacas/ha, sofreu perdas de até 90% por conta do excesso de chuvas no primeiro plantio. Já o segundo plantio, de acordo com o produtor Hélio Oscar Machado, se mostrou praticamente insustentável por conta da necessidade de aplicação de venenos para conter a mosca branca, uma vez que os gastos para os controles, além de serem muitos, têm sido insuficientes para conter a praga.