Cacau: Tricovab tem eficácia de até 97% contra vassoura-de-bruxa

Publicado em 11/06/2013 08:24

Um agente biológico que combate o fungo da vassoura-de-bruxa sem agredir a planta nem o meio ambiente. Assim é o Tricovab, o primeiro biofungida para a lavoura cacaueira. O produto foi desenvolvido pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O produto será disponibilizado para os produtores em embalagem biodegradável, com uma bula contendo instruções de aplicação, classificação de risco à saúde e ao meio ambiente (risco 4 – baixo). O Tricovab já está em uso em algumas propriedades. No entanto, o lançamento oficial será no dia 16 de junho – quando será comemorado o Dia Internacional do Cacau – na sede da Ceplac, na rodovia Ilhéus-Itabuna, quilômetro 22.

O produto foi elaborado a partir de pesquisas do engenheiro agrônomo João de Cássia, que identificou no fungo Trichoderma stromaticum potencial para combate ao Moniliophtora perniciosa, que provoca a doença. Nos testes realizados em campo, foram alcançados resultados de até 97% de eficácia contra o fungo. “Esse percentual se refere ao combate ao Moniliophtora perniciosa em tecido morto. Em matéria viva, nos galhos e frutos do cacaueiro, a taxa é em torno de 56% de eficácia”, afirma o chefe do Centro de Pesquisas do cacau (Cepec), Adonias de Castro.

Para que sejam obtidos os melhores resultados no controle biológico da vassoura-de-bruxa, os produtores deverão seguir as orientações de manejo repassadas pela Ceplac. Há, por exemplo, recomendações específicas de épocas ideais do ano, além de condições climáticas no momento da aplicação, para que a taxa de eficácia seja a mais alta possível.

A ação do Tricovab se dará a partir da aplicação direta do produto na plantação. Quando em contato com as condições ideais, ele deverá se reproduzir e lançar esporos do fungo pelo ar. Em contato com o Moniliophtora perniciosa, de quem é inimigo natural, o Trichoderma stromaticum vai criar sua própria colônia, eliminando o agente causador da doença. “É importante ressaltar que o Trichoderma stromaticum não causa nenhum dano à planta”, afirma Castro.

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