Viamão (RS) celebra Colheita do Arroz Orgânico
Nesta quinta-feira (07/03), o município de Viamão sediou a “Celebração da Colheita do Arroz Orgânico” na localidade de Itapuã. O ato aconteceu na propriedade de Joeci da Silva Nunes e Heisio Negreiros Mitida, que fica na Comunidade Reforma. O local, onde residem cinco famílias, tem área de 32 hectares e está em sua primeira safra de arroz orgânico. Além do ato simbólico de colheita, as lavouras da propriedade foram visitadas por um público aproximado de 70 pessoas, entre famílias de agricultores, funcionários do Parque Itapuã, Instituto Federal do RS Campus de Viamão, dirigentes das cooperativas, representantes indígenas locais e da Secretaria Municipal da Agricultura, além do prefeito André Pacheco.
A lavoura de arroz orgânico começou a ser implantada em 2018, numa parceria entre Emater/RS-Ascar e Instituto Riograndense do Arroz (Irga) de Viamão, e tem atraído a atenção de outros produtores.
“Foi um dia festivo para celebrar a colheita do primeiro arroz agroecológico da localidade em torno do Parque de Itapuã”, avalia o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Gladimir Ramos de Souza, ao destacar que o local é o primeiro assentamento de reforma agraria de Viamão, projeto promovido pelo então governador Leonel Brizola nos anos 60. O evento teve um momento místico de resgate da história da comunidade, colheita simbólica do arroz e almoço de confraternização na sede República Itapuense, propriedade de umas das famílias.
De acordo com Souza, este é um projeto piloto iniciado em 2018 envolvendo cinco famílias que produziam arroz convencional, “mas que estavam com dificuldades de manter o cultivo nas bases convencionais, pelo uso de agrotóxicos, por se tratar de área lindeira ao Parque, com risco de comprometimento ambiental”. Ele conta que, frente a esse dilema, se constituiu um grupo de trabalho envolvendo técnicos da Emater/RS-Ascar, do Irga, IFRS, representantes de cooperativas e do Parque Itapuã, que elaboraram o projeto de cultivo de arroz no sistema de base ecológica, com a perspectiva de garantir a permanência dos agricultores, a produção e a geração da renda com preservação ambiental.
Para o engenheiro agrônomo, essa experiência em andamento no assentamento da reforma agrária de agricultores familiares na Colônia de Itapuã deixa como lições que “o associativismo é uma ótima alternativa para a crise no meio rural, pois possibilita a organização dos agricultores para mudar a forma de cultivo e continuarem produzindo, e o diálogo entre agricultores, gestores ambientais e entidades de assistência técnica, na busca de soluções coletivas”, diz Souza, ao salientar que “nosso objetivo é obter a certificação orgânica dessa produção”.
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