Consórcio Canamilho será tema de palestra do Congresso Nacional de Milho e Sorgo 2022
Estão abertas as inscrições para o XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo que ocorrerá de 12 a 15 de setembro. Evento técnico-científico realizado a cada dois anos, nesta edição será em formato híbrido, sendo presencial em Sete Lagoas (MG) e online para os inscritos. As inscrições podem ser feitas no site do Congresso: https://www.abms.org.br/cnms/Home.html
Promovido pela Associação Brasileira de Milho e Sorgo, a organização da edição deste ano do evento ficou a cargo da Embrapa Milho e Sorgo. Um dos painéis do Congresso vai tratar no dia 15 de assuntos referentes à intensificação sustentável da agropecuária. “Sistemas alternativos de consórcio para melhoria da eficiência dos cultivos para usinas flex (consórcio Canamilho)” será o tema da palestra do pesquisador da Embrapa Cerrados, Kleberson de Souza.
A tecnologia Canamilho é considerada inovadora e alia rentabilidade com preservação ambiental, já que protege o solo da erosão e intensifica a ocupação conjunta da terra. Ela consiste na antecipação do plantio da cana para o início do período chuvoso. Em março, quando é feita a colheita do milho, a cana já está plantada. Dessa forma, a janela de plantio é ampliada e mesmo sendo plantada em outubro/novembro (cana de ano) a cana apresenta comportamento e rendimento compatível a um período de um ano e meio (18 meses).
“Considerando que a cana-de-açúcar ocorre em ciclos que variam em média de cinco a seis cortes, a janela de oportunidade para esta integração se dá, principalmente, na renovação/plantio, que é escalonado em função dos recursos disponíveis, principalmente por conta do parque de máquinas e da mão-de-obra. Cabe destacar que esse período coincide com a ociosidade industrial que poderia ser reduzida com o uso de culturas bioenergéticas, como o milho”, explicou o pesquisador.
Usinas flex - a tecnologia do consórcio é uma excelente opção para as usinas flex, nas quais o milho é utilizado para a produção de etanol. Estudos de avaliação de desempenho ambiental e econômico entregues como base para financiamento (BNDES) de usinas integradas com essas duas culturas demostraram que esse tipo de arranjo apresenta bom desempenho tanto econômico quanto ambiental. A nova política de biocombustíveis (RenovaBio) sinaliza o apoio e o incentivo por parte do governo à essa integração.
A partir dela, é possível aos produtores mais eficientes e menos emissores serem beneficiados com créditos de descarbonização, denominados CBIOs, quando se evita a emissão de uma tonelada de gás carbônico (CO2) na produção de um determinado biocombustível. Como o etanol é um dos bicombustíveis mais produzidos no Brasil e sua fonte pode ser de cana ou milho, o produtor que conseguir cultivar numa mesma área as duas culturas pode se beneficiar dessa política.
Acesse aqui a Circular Técnica Consórcio de Cana-de-açúcar com Milho: recomendações de manejo para a região do Cerrado.
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