Índia estende política para importar óleo de palma refinado com tarifas mais baixas

Por Rajendra Jadhav

MUMBAI (Reuters) - A Índia ampliou a política de importação de óleo de palma refinado com tarifas mais baixas e permitiu a importação de 51.000 toneladas de algodão sem tarifas em 2023, informou o governo em notificação na noite desta quinta-feira (29).

A estrutura de direitos concessionais para o óleo de palma refinado deveria expirar em 31 de dezembro. Ela foi estendida "até novas ordens", disse o governo.

Em dezembro de 2021, a Índia cortou o imposto básico de importação sobre o óleo de palma refinado e reduziu os impostos totais sobre suas importações para 13,75%, de 19,25% antes.

O corte de impostos tornou as importações de óleo de palma refinado lucrativas para as refinarias indianas, que tradicionalmente preferem importar óleo de palma bruto.

"As importações de óleo de palma refinado aumentaram este ano por causa de impostos mais baixos. Mesmo nos próximos meses, continuaremos a ver importações de cerca de 200.000 toneladas de óleo de palma refinado por mês", disse Sandeep Bajoria, presidente-executivo do Sunvin Group, uma empresa de óleo vegetal corretora e empresa de consultoria.

A Índia importa mais de dois terços de suas necessidades de óleo comestível e tem lutado para conter uma alta nos preços locais do petróleo nos últimos meses.

O país importa óleo de palma principalmente dos principais produtores, Indonésia e Malásia, enquanto outros óleos, como soja e girassol, vêm da Argentina, Brasil, Ucrânia e Rússia.

A Índia também elevou a cota de importações isentas de impostos de algodão extralongo para 51.000 toneladas no próximo ano, de 419 toneladas para 2022.

O país do sul da Ásia também permitiu importações de 150.000 toneladas de lentilhas e 34.000 toneladas de amêndoas a 50% do imposto aplicado sob a cota tarifária (TRQ), disse o governo.

(Reportagem de Rajendra Jadhav; Edição de Krishna Chandra Eluri)