Arroz: Governo deverá adotar medidas de apoio à comercialização em ritmo moderado

Publicado em 24/02/2011 18:21
De acordo com o secretário adjunto de política econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, o governo já está preparado para adotar novas medidas que possam oferecer sustentação aos preços do arroz e incentivar a comercialização. No entanto, o secretário afirmou que o ritmo de implantação dessas ações deverá ser "mais calmo para não penalizar o consumidor". 

Essas ações têm como principal objetivo reverter o cenário para o mercado do arroz. Atualmente, os produtores têm vendido a saca do grão por algo entre R$ 21 e R$ 22 por saca, enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo é de R$ 25,80.

Ainda com o intuito de reduzir as dificuldades dos orizicultores na comercialização, o Conselho Monetário Nacional prorrogou por 180 dias o prazo de vencimento das operações de EGF - Empréstimos do Governo Federal - que foram contratados pelos produtores do RS e de SC para a safra 09/10. 

Esta semana, foi publicada também a portaria que libera operações de PEP - Prêmio de Escoamento de Produto - o que pode também contribuir com um melhor andamento da comercialização. 

Preços - Ainda segundo as afirmações do secretário-adjunto de política econômica do Ministério da Fazenda,  a diferença de preço do arroz pago ao produtor e os praticados no varejo permite um reajuste ao produtor, uma valorização do produto sem que isso afete a inflação.

Bittencourt acredita que a situação da queda dos preços é mais uma conseqüência do excesso de oferta do cereal do que uma redução da demanda. 

O secretário diz também que os supermercados não reduziram os valores do produto nas prateleiras, apesar da desvalorização dos preços.

Bittencourt não descarta a possibilidade de o varejo elevar o valor do arroz para o consumidor final, aproveitando o gancho do aumento do preço pago ao produtor. Para que isso não ocorra, é necessário que o governo adote medidas paulatinas.
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Por:
Carla Mendes e Marília Pozzer
Fonte:
Notícias Agrícolas

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4 comentários

  • Flavio Schirmann Formigueiro - RS

    Eu vendi arroz a R$ 32,50 em 2004 e R$ 35,71 em 2008 e no supermercado o preço de 5kg baixou apenas 1 real em média.Tenho estoque de arroz produzido com uréia a R$ 90,00/50kg hoje está a R$ 48,00/50kg, como sair desta?Nestes anos bons fiz investimento em silos para armazenar a produção.Não adiantou nada pois o preço baixa em plena entressafra...

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  • Patricia Pereira Porto Velho - RO

    O que não entendo é que o governo está sempre preocupado em não repassar aumento para o consumidor final , mas não faz nada para ajudar os produtores , ele simplismente jogo pra frente o problema como se prorrogar por 180 dias fossem resolver as questões .Ninguem pode abrir mão de nada , o governo diz que não pode fazr nada e o produtor que se vire , quero ver até quando a agricultura vai aguentar desse jeito.Como vamos produzir se não conseguimos honrar com nossos compromissos?

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  • jalder dordete araranguá - SC

    O gilson bittencout não sabe nada de arroz, ele tem é que comer esse arroz que vem dos outros paises com alto nivel de agrotoxicos, que aqui são proibidos e nos paises vizinhos não, outra coisa o preço do arroz do brasil pode ser vendido sim a esses preços baixos mas desde que os produtores do brasil tenham os mesmo custos dos paises vizinhos, como exemplo o oleo diesel no uruguai a R$ 1,15, adubos 55% mais baratos que no brasil, os defensivos agricolas com 60% mais baratos que aqui no brasil, maquinas agricolas 50% mais baratas que aqui. Se o governo equiparar os custos de outros paises com o brasil ai sim o Sr. Bittencourt pode falar de agricultura.

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  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Esse Secretário Gilson Bittencourt não faz compras em Supermercado. Disse para imprensa que "os supermercados não reduziram os valores do produto nas prateleiras, apesar da desvalorização dos preços"... REDUZIRAM sim, tanto que estão nos niveis de 1994 ano do lançamento do Plano Real e o arroz é uma Âncora Verde do R$ desde aquele tempo... Bom, digamos que ele falou só da bôca para fora... porque tinha jornalistas presentes que eram crianças naquele tempo... Pecado mesmo é fazer PEP com dinheiro público, meu, seu e teu para exportar arroz comprado do Uruguai e da Argentina (Indiretamente é o que será feito no Brasil)

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