Banana/Cepea: Como está a rentabilidade da prata em Minas Gerais?
Neste ano, a rentabilidade com a produção da banana prata no Norte de Minas Gerais está abaixo da registrada em 2024, mas ainda positiva, o que se deve especialmente à queda nos preços de negociação da variedade. Mesmo diante da menor oferta de prata ao longo do primeiro semestre deste ano, os preços da variedade foram pressionados pelo excesso de volume de nanica. Vale lembrar que, no primeiro semestre deste ano, a oferta de banana nanica esteve muito elevada, devido às maiores produtividades (o clima entre o final de 2024 e início de 2025 favoreceu o rendimento) e aos aumentos nos plantios na região mineira, que, apesar da nanica não ser a principal variedade produzida, tem crescido nos últimos anos. A maior área de nanica no Norte de Minas Gerais, por sua vez, esteve atrelada aos valores mais atrativos em 2024 e à substituição de áreas de prata por nanica (esta variedade é mais resistente à doença fúngica do mal-do panamá, que afeta constantemente a região mineira).
Além disso, o Vale do Ribeira (SP) e o norte de Santa Catarina também impactaram no volume de nanica, pois o clima também favoreceu a produção. Já em julho, as cotações da prata reagiram na região mineira, diante da oferta da variedade mais controlada, sem picos de colheita, porém, ainda sim, o volume de prata deste ano é superior ao ano anterior, e também da redução da oferta de nanica. Ainda assim, a rentabilidade da banana prata na parcial de 2025 (de janeiro a setembro) está em R$ 1,77/kg, sendo 41% menor que a do mesmo período do ano passado, quando esteve em R$ 3,03/kg. É importante indicar que, apesar de os ganhos estarem menores neste ano, ainda estão acima dos custos de produção unitários, calculados em R$ 1,73/kg – muitos produtores indicam dificuldades com a mão de obra. Para os próximos meses, como o volume de prata deve diminuir, os preços podem reagir na região, melhorando a rentabilidade dos produtores.
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