Más condições de estradas e embalagens fazem país perder 30% da produção de frutas e verduras
As 72 Centrais de Abastecimento Brasileiras (Ceasas) atendem a 80% da população e têm um faturamento de quase R$ 20 bilhões por ano, superando grandes redes de supermercados, de acordo com dados da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento (Abracen). Apesar do volume comercializado, o presidente da entidade João Alberto Lages, alerta que até 30% das frutas, legumes e verduras se perdem durante o caminho do campo para as Ceasas.
“As condições das estradas, o tipo de embalagens usadas e o tempo que se perde no caminho acabam machucando os produtos e inviabilizando seu consumo”, afirmou Lages à Agência Brasil, durante o lançamento do Diagnóstico dos Mercados Atacadistas e Hortigranjeiros.
Segundo Lages, além das condições ruins de muitas estradas, a falta de logística adequada traz dificuldade de acesso aos centros urbanos, o que atrasa muito a chegada dos alimentos aos sacolões e supermercados locais. Ele disse que o diagnóstico feito, depois de mais de 20 anos sem informações completas sobre o setor, é importante para apontar os rumos a seguir.
O consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) Altivo Cunha, que coordenou a pesquisa com o apoio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disse que o estudo dimensiona as principais falhas do setor, como infraestrutura insuficiente, embalagens inadequadas, necessidade de expansão e de reforma, mas é essencial que o governo trabalhe para resolvê-las.
“A gente está vendo o Brasil se expandir, modernizar-se e investir e não tem visto até agora uma sinalização para o setor que cria qualidade e fornece alimentos”, afirmou Cunha. Segundo ele, para a expansão e reforma dos Ceasas seriam necessários investimentos de cerca de R$ 860 milhões.
O presidente da Abracen ressalta que as Ceasas, localizadas em 21 estados e no Distrito Federal, empregam diretamente 200 mil pessoas e abrigam 10 mil empresas. “É um grande instrumento de desenvolvimento econômico e, certamente, teremos uma geração de empregos muito grande com sua reestruturação.”0 comentário
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