Fertilizantes de Liberação Controlada, eficiência no uso de fertilizantes e sustentabilidade

Publicado em 29/10/2020 08:18 e atualizado em 29/10/2020 08:57
Por Marco Merzel, Engenheiro Agrônomo

A agricultura moderna e tecnificada busca cada vez mais aumentar a produtividade e, a sustentabilidade dos sistemas produtivos. Um dos elementos chaves para isso é produzir mais na mesma área além da diminuição dos insumos gastos na mesma. Uma tecnologia que vem ganhando espaço é o fertilizante de liberação controlada. Utilizado há algum tempo em viveiros tanto de mudas como ornamentais, agora têm se intensificando o uso deste tipo de fertilizante em campo aberto.

A ideia central desta tecnologia é aumentar a eficiência do uso dos nutrientes pelas plantas, diminuindo assim, a necessidade de aumentar demasiadamente a dose aplicada de cada nutriente em relação as suas necessidades. Dependendo das condições climáticas e da qualidade do solo, sabemos que o aproveitamento da planta de determinados nutrientes aplicados no solo pode ser muito baixa, se estima que apenas 30% do fósforo seja realmente absorvido pelas plantas, o nitrogênio pode ter perdas de 40% a 60% e o potássio pode chegar a 40% de perda por lixiviação, além de ser um desperdício de recursos estas perdas podem acarretar em contaminação de águas subsuperficiais e do ar.

Como funciona:

Fertilizantes de liberação controlada precisam necessariamente serem recobertos por polímeros, pois esta camada semipermeável é que garante durante todo o ciclo da cultura o controle de liberação. Outros tipos de recobrimento como o enxofre elementar não conseguem garantir quando será liberado o conteúdo que recobrem.

Existe uma confusão sobre essas duas formas de liberação no meio agrícola, porém são tecnologias bastante diferentes. O grande fator que distingue a liberação controlada da liberação lenta é o fato de a velocidade de liberação dos nutrientes no caso da liberação controlada ser determinado somente pela temperatura, portanto a previsibilidade da curva de liberação é muito mais precisa. Enquanto a liberação lenta depende de vários fatores como a umidade do solo, a atividade microbiana, o pH, a temperatura entre outros fatores o que torna muito difícil estabelecer uma curva de liberação ao longo do tempo.

A camada de polímero permanece intacta durante todo o ciclo de liberação, sendo que a sua degradação se inicia algum tempo após terem se esgotados todos os nutrientes dos grânulos revestidos. Esta camada protetora não permite a livre passagem de água e nutrientes, sendo que a velocidade de liberação é proporcional a temperatura, quanto mais alta a temperatura do solo maior será a velocidade de liberação e menor será a longevidade do fertilizante. A umidade é necessária para o início da liberação, mas não afeta a taxa de liberação, em outras palavras o excesso de água no solo não acelerara a velocidade de solubilização dos nutrientes.

As especificações de longevidade são padronizadas internacionalmente a uma temperatura de 21ºC, e é importante ressaltar que o que vale é a temperatura do solo, não a temperatura do ar que pode ter maiores variações e chegar a extremos de frio e calor. A temperatura do solo tende a variar menos, principalmente com cobertura vegetal. Os dados de temperatura média do solo são importantes para fazer o melhor ajuste entre a curva de liberação e a demanda da cultura.

A linha Multicote Agri é uma solução interessante para utilização em campo aberto, com possibilidade de recobrimento independente dos três macronutrientes primários e secundários além de alguns micros.Com isso é possível adequar a melhor solução para cada situação de cultura, solo, clima, levando sempre em conta que o agricultor aumente sua rentabilidade em relação ao manejo tradicional. As longevidades variam de 2 a 12 meses e podem ter tempos de liberação diferentes para cada nutriente, ajustando com maior precisão à curva de demanda da cultura.

A tecnologia de Liberação Controlada possibilita ainda uma economia operacional, evitando entradas adicionais para cobertura com fertilizantes, além do menor custo pois diminuí a compactação do solo e em alguns casos o amassamento da cultura que pode ser uma porta de entrada para doenças.

O resultado final é mais eficiência no uso dos nutrientes, diminuído o desperdício de recursos, a contaminação do meio ambiente,  proporcionando ainda, uma nutrição continua e balanceada para as mais diversas culturas, e principalmente aumentando a rentabilidade do produtor.

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Fonte:
Haifa

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