Controle preventivo da lagarta-do-cartucho pode reduzir custos e aumentar produtividade da soja com nova tecnologia

Publicado em 19/12/2025 08:33 e atualizado em 19/12/2025 09:36
Após fortes infestações na safra passada, especialistas destacam que a adoção de práticas integradas e o uso de tecnologias inovadoras podem minimizar perdas, otimizar defensivos e garantir maior sustentabilidade ao produtor.

Após causar sérios prejuízos na safra passada, a lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) acende o sinal de alerta para a soja em 2025/26. Especialistas destacam que o problema pode ser minimizado com manejo preventivo, uso de biológicos e aplicação de tecnologias que aumentam a eficiência dos defensivos já disponíveis no campo.

Estudos do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) indicam a reincidência da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) como principal ameaça às culturas do milho e da soja. 

Segundo Fábio Kagi, Gerente de Assuntos Regulatórios do Sindiveg, a preocupação se deve ao fato de a praga atacar precocemente as plantas, causando danos severos nas folhas, espigas e no colo, o que pode comprometer tanto o desenvolvimento quanto a produtividade das lavouras.

“A lagarta-do-cartucho voltou a preocupar os produtores justamente por atacar precocemente e causar danos severos em folhas, espigas e no colo das plantas, o que pode comprometer o desenvolvimento e a produtividade da lavoura”, afirmou Kagi.

Ainda de acordo com a Sindiveg, a infestação pode provocar perdas de até 60% na produção, sobretudo em áreas de cultivo contínuo de milho, em condições de estiagem prolongada, temperaturas acima de 25 °C e semeadura tardia.

O ano de 2025, segundo análises do setor, apresenta fatores climáticos que podem favorecer o aumento da praga, especialmente na região Centro-Norte do país. O inverno pouco rigoroso, aliado a condições quentes e secas, cria um ambiente propício para o desenvolvimento acelerado dos insetos, elevando o risco de danos significativos às lavouras.

Em meio a este cenário de alerta, a adoção de tecnologias inovadoras para o manejo de pragas ganha destaque. Produtos como o Fortivance™, recém-lançado no Brasil, atua como maximizadores da ação de inseticidas. Formulado com ingredientes biológicos como beta-glucanos, o Fortivance™ interage com o líquido digestivo das pragas, regulando o pH, protegendo os inseticidas da degradação e aumentando sua eficácia.

“Esse mecanismo inovador atua ajustando a alcalinidade no trato intestinal da lagarta – geralmente com pH em torno de 10 – para níveis mais favoráveis à ação dos defensivos (entre 7 e 8). O resultado é uma otimização do efeito inseticida, redução de perdas por degradação enzimática e melhor aproveitamento dos insumos aplicados”, fonte da empresa. 

A descoberta do Fortivance™ surgiu durante pesquisas avançadas da GreenLight Biosciences no desenvolvimento de uma solução baseada em RNA para o controle de lagartas, uma das principais pragas da agricultura. Durante esses estudos, os cientistas perceberam um potencial inovador no ajuste do pH do trato digestivo das pragas, levando à criação de uma formulação exclusiva capaz de potencializar a eficácia dos inseticidas convencionais.

Especialistas afirmam que a combinação de práticas de manejo integrado de pragas com tecnologias como o Fortivance™ pode reduzir a necessidade de aplicações frequentes de inseticidas, minimizando impactos ambientais e custos para os produtores, além de contribuir para a sustentabilidade da produção agrícola no país.

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Os resultados em campo já mostram o impacto do Fortivance™: quando utilizado em combinação com inseticidas, a solução pode oferecer até 25% mais proteção em comparação ao uso isolado dos defensivos, garantindo aos produtores uma alternativa eficiente e de alto desempenho.

“A inovação do Fortivance™ não está apenas na eficácia, mas também na praticidade para o produtor”, afirma Areadne Zorzetto, diretora de Marketing e Vendas da GreenLight Biosciences América Latina. “O produto é altamente compatível e estável em misturas em tanque, biodegradável, sem registros de fitotoxicidade nas culturas testadas e possui validade de dois anos, trazendo segurança e sustentabilidade para o manejo de pragas.”

A GreenLight Biosciences é líder global em pesquisa, desenvolvimento e fabricação de soluções agrícolas baseadas em RNA, com destaque em publicações científicas e revistas especializadas ao redor do mundo. A empresa detém um amplo portfólio de patentes, incluindo processos inovadores de produção de RNA, que permitem levar produtos de alta tecnologia aos agricultores a custos competitivos.

“Somos a única empresa no mundo com um produto de RNA foliar disponível no mercado. Não é um projeto futuro, mas uma realidade”, afirma Areadne Zorzetto, diretora de Marketing e Vendas da GreenLight Biosciences América Latina. No Brasil, a empresa já comercializa o Fortivance™, maximizador de inseticidas, e avança para o registro do primeiro produto de RNA no país.

A tecnologia de RNA da GreenLight é altamente seletiva, atacando pragas específicas enquanto preserva insetos benéficos e a biodiversidade. Os produtos são rapidamente degradáveis no meio ambiente, protegendo o solo e a qualidade da água. Além disso, oferecem um novo modo de ação, ideal para o manejo de pragas resistentes, um desafio constante para os produtores.

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Areadne Zorzetto - Diretora de Marketing e Vendas da GreenLight Biosciences América Latina

Garanta mais produtividade e menor gasto com defensivos na soja 2025/26. 

Conheça Fortivance™, a tecnologia de RNA que potencializa a ação dos inseticidas.

Expansão estratégica

A CTNBIO confirmou que as soluções de RNA da empresa não se enquadram como organismos geneticamente modificados. Com isso, foi possível avançar nos testes experimentais de dois produtos: um voltado para o controle de fungos e outro para ácaros que afetam diversas culturas, especialmente a citricultura e a cafeicultura.

Segundo informações da GreenLight Biosciences, o processo de registro segue nas agências reguladoras, etapa conhecida por sua complexidade e duração. No Brasil, a empresa já concluiu o Registro Especial Temporário (RET) junto às três entidades reguladoras — Ministério da Agricultura, Anvisa e Ibama.

Atualmente, a companhia está na fase final de preparação do dossiê para submissão formal às três agências, com protocolo previsto para o segundo semestre de 2025.

Além disso, outros lançamentos estão em andamento: a empresa trabalha para registrar novos produtos nos próximos meses. O foco inicial é a fruticultura, mas a estratégia é expandir para grandes culturas como soja, milho, algodão e feijão nos anos seguintes.

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Fonte:
Greenlight Biosciences

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