Preocupação com temporada de furacões nos EUA faz suco de laranja avançar 7,6% em Nova York

Publicado em 16/09/2022 12:02

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Diante das preocupações climáticas nos Estados Unidos e o baixo estoque de suco, a Bolsa de Nova York (ICE Future US) registrou avanço de 7,6% no mês de agosto, de acordo com dados divulgados pelo Itaú BBA nesta sexta-feira (16). 

Segundo o relatório, a valorização foi significativa frente ao mês anterior e 3,5% na parcial de setembro até o dia 13, com a média mensal neste mês próxima dos cUSD 183/lp. "A última vez que a bebida esteve neste nível, acima de cUSD 180/lp foi em dezembro de 2016", afirmou o Itaú BBA. 

O preço do produto tem suporte na temporada de furacões, comum nesta época do ano nos Estados Unidos, na preocupação com a oferta mais restrita do país americano e também nas condições climáticas desafiadoras para o produtor da Europa, que também deve ter uma safra menor neste ano. 

"E com a elevação do preço do suco em NY mais que proporcional à caixa da laranja no Brasil, que segue próxima dos USD 6, o spread da indústria na venda do suco segue expandindo, estimado em USD 3,74/cx na média parcial de setembro, quase 90% maior que o de set/21", afirma. 

Daqui pra frente, a indústria deve focar na produção brasileira e em outras importantes origens produtoras. Segundo dados do Fundecitrus, a safra 2022/23 foi reestimada em 314,09 milhões de caixas, volume que representa 0,9% menor do que o previsto anteriormente, mas 19% mais elevado do que a produção do ano passado, que sentiu os impactos do clima e da incidência do greening no Brasil. 

O relatório destacou ainda que, ee acordo CitrusBR, apesar do aumento previsto para a safra 2022/23, o baixo estoque de passagem observado no início da safra (143 mil t de FCOJ equivalente – jun/22) juntamente da expectativa de maiores exportações para os
EUA, diante da baixa safra da Flórida, farão com que o estoque de suco em poder das indústrias associadas termine o ano safra em jun/23 mais uma vez baixo historicamente, estimado em 140 mil t.

No Brasil, o período de elevação nas temperaturas pode favorecer o aumento da demanda no mercado in natura, o que deve continuar dando suporte aos preços da fruta.  Para os EUA, a última previsão da safra 2021/22, de jul/22, indicou 90,15 milhões de caixas de 40,8 kg, o que é 12,5% menor que a colhida no ano anterior. Já a produção da Flórida é estimada em 40,95 milhões de caixas, 22,7% menor ano contra ano.

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Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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