Congestionamento no trecho Cuiabá-Santarém continua e prejuízos já chegam a R$ 150 milhões

Publicado em 01/03/2017 19:55

O congestionamento do trecho Cuiabá-Santarém da BR-163 continua. Alguns caminhões conseguiram deixar o local na madrugada desta terça-feira (28) dada a trégua das chuvas, mas elas voltaram e o cenário agora é semelhante ao observado nos últimos dias. A estrada continua ainda em péssimas condições, com muita lama e impedindo até mesmo que as máquinas em sua potência máxima possam fazer seu trabalho para amenizar os problemas. 

Novas fotos enviadas pelo caminhoneiro Antônio Carlos Souza Gonçalves, que está no local já há 20 dias, mostram que a situação ainda é bastante complicada. A estrada permanece intransitável, as chuvas voltaram a ocorrer em alguns pontos e os suprimentos básicos ainda não chegam. 

"É um descaso muito grande com as pessoas que necessitam dessa rodovia", diz Antônio Carlos. "Segundo a Polícia Rodoviária Federal, sairemos daqui amanhã (qunta-feira, 2). Temos que ir ao porto de Miritituba e depois voltar, e enfrentar tudo isso de novo", completa.

Congestionamento na BR-163 - Pará

Congestionamento na BR-163 - Pará

Congestionamento na BR-163 - Pará

Congestionamento na BR-163 - Pará

Congestionamento na BR-163 - Pará

Congestionamento na BR-163 - Pará

Congestionamento na BR-163 - Pará

"Está tudo parado de novo, quem conseguiu sair nessa madrugada deu sorte", relatou um caminhoneiro que ainda está no local. São mais de 4 mil motoristas de caminhão parados há mais de uma semana. Nesta quarta, deverão chegar cestas básicas ao local enviadas pelo Ministério da Defesa. 

Parte do trecho havia sido liberado no último final de semana, e as expectativas são de que a pista seja completamente liberada até a próxima sexta-feira, 3 de março, de acordo com informações do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.

O chefe da pasta, Maurício Quintella, irá, inclusive, discutir o transporte da soja pela rodovia nesta quinta-feira (2) com algumas das principais tradings mundiais de grãos, incluindo a Amaggi, a ADM, Cargill, Bunge e a Cofco. “O objetivo será definir a estratégia logística que garanta a manutenção da trafegabilidade ao longo da rodovia durante o chamado inverno amazônico e o consequente escoamento da produção agrícola”, diz a nota do ministério publicada pela IstoÉ Dinheiro.

O governo federal informou que estima o prejuízo imediato das transportadoras esteja em cerca de R$ 50 milhões, podendo subir. Enquanto isso, sem pavimentação e implementada há 41 anos, Mato Grosso perde com essa situação da rodovia, aproximadamente, R$ 2 bilhões ao ano, segundo reporta o G1 MT. 

Um cálculo feito pela Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC) considerando os 15 dias de problemas já mostra, no entanto, que os prejuízos estariam próximos de R$ 150 milhões, já que as perdas diárias são de R$ 10 milhões. São perdas em mercadorias e custos com os caminhões. 

Leia ainda:

Caminhoneiros parados em atoleiros na BR-163 perdem R$ 150 milhões, calcula associação

Caminhoneiros que estão parados na BR-163, no lado paraense, acumulam perdas diárias de R$ 10 milhões, conforme estimativa da Associação dos Transportadores de Cargas de Mato Grosso (ATC). Considerando os 15 dias de problemas com atoleiros, a estimativa é que já foram comprometidos cerca de R$ 150 milhões em mercadorias e custos com os caminhões. Pelo menos 5 mil veículos não conseguem prosseguir num trecho de 32 km entre Novo Progresso e Caracol, no Pará.

Na região Norte de Mato Grosso, os produtores de soja estão preocupados com o excesso do grãos nos armazéns. A previsão é que os reparos nos trechos mais precários sejam realizados ainda esta semana. Presidente da ATC, Miguel Mendes, explica que o prejuízo por caminhão é de pelo menos R$ 2 mil/dia, considerando todos os custos e cargas transportadas.

Veja a notícia na íntegra no site Só Notícias com informação de A Gazeta

No G1 PA: Caminhoneiros parados na BR-163 recebem mantimentos

Os mais de 4 mil caminhoneiros que estão parados há mais de uma semana na rodovia BR-163, no sudoeste do Pará, começaram a receber água e mantimentos nesta terça-feira (28), doados pelo dono de um posto de combustíveis da região. O Ministério da Defesa enviou cestas básicas para a área e a chegada dos mantimentos está prevista para esta quarta-feira (1º) em Itaituba, de onde serão encaminhados para o local.

Fortes chuvas resultaram em um grande atoleiro no trecho da rodovia entre os municípios de Trairão e Novo Progresso, que provoca um congestionamento de 50 quilômetros e impede a passagem de veículos. Na madrugada desta terça, parte do tráfego foi liberado no sentido Pará - Mato Grosso da rodovia.

Veja a íntegra no site do G1 PA

No G1 MT: Governo cita prejuízo de R$ 2 bi por ano e cobra pavimentação da BR-163

O governo de Mato Grosso cobrou do governo federal, neste domingo (26), providências para solucionar a falta de estrutura no trecho da BR-163 que corta do estado do Pará, onde cerca de cinco mil caminhões carregados se encontram parados devido a inúmeros atoleiros que surgiram após fortes chuvas na região. De acordo com o governo, a situação tem prejudicado o escoamento da safra de soja e milho de Mato Grosso.

O trecho da rodovia mais crítico fica entre os municípios de Trairão e Novo Progresso, onde há um congestionamento de pelo menos 50 quilômetros e que impede a passagem de veículos no local.

Veja a íntegra no site do G1 MT

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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5 comentários

  • Eduardo De Moraes Bondezam Primeiro de Maio - PR

    Como pode nós, brasileiros, sofrer tanto????... Queremos produzir soja, exportar mais, mas, como sempre, o governo não nos dá condições pra gente trabalhar..., esse estrada é exemplo de se ter consciência pra poder melhorar este pais como um todo.

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  • Leticia Ribeiro de Souza Alfenas - MG

    Lamentavelmente mais um capítulo da irresponsabilidade de nossos governantes. Partidos preocupados com suas necessidades particulares, enriquecimento ilícito eo o nosso país sem rumo. Gente não é possível que não se possaa tomar medidas urgentes para ajudar esses cimioneiros. Estão fazendo um serviço de transporte de nossos produtos para gerar riquezas ao país. `´E um crime a gente ver o país parar para curtir carnaval, enquanto trabalhadores se encontram numa estrada lamacenta com seus veículos afundados e suas cargas perecendo. Esse país é o que????

    Até quando vamos ficar assistindo essa imoralidade?? Existem pessoas lá com fome, cede, e cargas valiosas sendo jogadas no ralo. Se o governo ainda tiver um pouco de vergonha faça alguma coisa sobre esse assunto já. Passou da hora.

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  • JAC.SEMENTES Bom Jesus - SC

    O DNIT informou estar fazendo a manutenção numa pista que não existe, ou estou cego? Estes politicos e mais gente que nao sao, ajudam a manter a roubalheira correndo solta, por que nao cortar a mao?

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  • Rosenberg Imperatriz - MA

    Se não fosse nesse país eu jamais acreditaria que essa situação fosse verdadeira...

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  • gilvan viana queriroz bonito - BA

    É UMA VERGONHA UM PAIS PRUDUTOR E TER ESTRADAS NESTA SITUAÇÃO, ENQUANTO GASTASSE BILHOES PRA MANTER UM CONGRESSO INOPERANTE E TOTALMENTE ALHEIO AOS PREJUIZOS DOS PRODUTORES E TRABALHADORES. PRECISAMOS URGENTE DE UMA A REFORMA EM NOSSA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA. COM URGENCIAS E PRIORIDADES PARA QUEM DE FATO FAZ ESSE PAIS GIRAR; O POVO TRABALHADOR DESSE PAIS!

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    • JAC.SEMENTES Bom Jesus - SC

      Sacanagem, estradas? e por todo o pais estão uma merda para nos produtores aqui e deste que eu me conheço por gente, ainda continua a mesma estrada que nos andávamos a cavalo ou trator para sai, umas picadas.

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    • Hilário Casonatto Lucas do Rio Verde - MT

      Fui até Mlritituba pa em novembro, cantei a bola, falei p meus amigos caminhoneiros p não carregarem para esse destino. Erstrada da morte ,e sem recurso

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