CNTRC confirma greve de caminhoneiros para o dia 1º de fevereiro

O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) confirmou na quinta-feira (29) que iniciará uma greve de caminhoneiros, por período indeterminado, a partir do dia 1º de fevereiro. Apesar disso, parte do setor diz que não participará da paralisação.
A decisão foi formalizada através de um oficio da categoria que foi enviado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A CNTRC afirma que representa cerca de 40 mil caminhoneiros em 22 estados do Brasil.
Apesar da paralisação prevista para a virada do mês, há o compromisso do setor em manter a movimentação de caminhões e cargas dos serviços essenciais em 30% em decorrência da pandemia do coronavírus, além de cargas vivas, alimentos perecíveis e afins.
A movimentação dos caminhoneiros ocorre por conta de pedidos de aposentadoria especial, piso mínimo de frete e maior fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Confederação Nacional do Transporte (CNT) disse que não irá apoiar a greve - Foto: Reuters
Neste mês, a ANTT atualizou sua tabela de preços mínimos e o governo zerou o imposto para importação de pneus para caminhões. Além disso, o presidente Jair Bolsonaro fez apelo para o setor, mas a greve ainda parece mantida para a CNTRC e outros sindicatos.
O Ministério da Infraestrutura soltou uma nota sobre a possibilidade de greve na próxima semana em que diz:
"O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) não é entidade de classe representativa para falar em nome do setor do transporte rodoviário de cargas autônomo e que qualquer declaração feita em relação à categoria corresponde apenas à posição isolada de seus dirigentes".
A Confederação Nacional do Transporte (CNT) disse ontem que não irá apoiar a greve dos caminhoneiros. "Se houver algum movimento dessa natureza, as transportadoras garantem o abastecimento do país, desde que seja garantida a segurança nas rodovias", disse em nota.
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