Chuva não foi o fator para menor exportação de grãos do Brasil em janeiro, diz Alphamar
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SÃO PAULO (Reuters) - O tempo chuvoso não foi o principal fator para uma menor exportação de grãos como soja e milho e de farelos do Brasil em janeiro, na avaliação da Alphamar Agência Marítima nesta quarta-feira.
De acordo com dados da empresa, os principais portos brasileiros, como Santos e Paranaguá, pararam os embarques por chuvas ou ameaças de precipitações menos dias do que o registrado em janeiro do ano passado.
"Apesar de bastante atrasos operacionais por chuvas, este não foi o fator determinante, visto que o ano passado choveu mais e se embarcou mais", afirmou o sócio-diretor da Alphamar Agência Marítima, Arthur da Anunciação Neto, à Reuters.
Diferentemente de 2024, quando a safra do Brasil quebrou, a oferta de soja e milho do país foi maior em 2023 após colheitas recordes.
O embarque de grãos pelo porto de Paranaguá (PR) ficou parado por 11 dias e cerca de 20 horas em janeiro, versus 12 dias e 18 horas no mesmo período do ano passado.
Já Santos teve o embarque interrompido por 4 dias e 22 horas, ante mais de 7 dias em janeiro do ano passado.
Santos e Paranaguá são dois dos principais portos exportadores de grãos e farelos do Brasil.
O levantamento da agência marítima leva em conta o período em que o porto para de carregar por chuvas ou por ameaças de precipitações, quando os porões das embarcações são fechados.
Chuvas no Brasil têm preocupado o mercado no início da temporada de exportações da nova safra do maior produtor e exportador de soja.
A exportação de soja do Brasil em fevereiro foi estimada nesta quarta-feira em 9,77 milhões de toneladas, o que seria um leve crescimento ante o volume do mesmo mês do ano passado, de acordo com projeção da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que fez um alerta de que chuvas podem alterar as previsões ao longo do período.
Segundo dados da Alphamar, as exportações de soja, milho e farelos do Brasil somaram 7,59 milhões de toneladas em janeiro do ano passado, caindo para 6,1 milhões de tonelada em janeiro de 2025.
Neto disse que a oferta de açúcar para exportação também foi relativamente baixa, sem impactar as operações de grãos em terminais híbridos.
As chuvas constantes em Mato Grosso têm gerado também preocupações para o escoamento de uma colheita que está atrasada.
(Por Roberto Samora)
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