Noruega reduz pagamentos ao Brasil devido a elevação do desmatamento na Amazônia em 2016

Publicado em 09/12/2017 18:33

OSLO (Reuters) - A Noruega reduziu os pagamentos anuais que faz para o Brasil proteger a floresta amazônica em 60 por cento, para 42 milhões de dólares, devido a uma elevação do desmatamento em 2016, mas elogiou os sinais de que a destruição diminuiu neste ano, disse o Ministério do Meio Ambiente norueguês nesta sexta-feira.

Os pagamentos anuais são parte de um programa de longo prazo de bilhões de dólares para conter a redução da floresta tropical amazônica e com isso frear o aquecimento global.   

As florestas são depósitos gigantescos de dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa produzido pelo homem, mas estão sendo desmatadas para a venda de madeira e para abrir caminho para fazendas.   

A Noruega pagou 350 milhões de coroas, o equivalente a 42,16 milhões de dólares, pelo desempenho brasileiro em 2016, informou o ministério. Os pagamentos foram reduzidos em cerca de 60 por cento, tendo por base a média de 925 milhões de coroas pagas no período 2009-2016.   

"Quando o desmatamento sobe, os pagamentos baixam", disse o ministro do Meio Ambiente, Vidar Helgesen, em um comunicado.    "Estou, porém, satisfeito de notar que as cifras iniciais do desmatamento de 2017 mostram uma redução. Se confirmado, isso levará a pagamentos maiores no ano que vem", disse.   

Em junho a Noruega alertou o presidente Michel Temer, durante uma visita, a respeito do corte nos pagamentos.    O país, que lucra muito com o petróleo e o gás natural produzidos no Mar do Norte, é o maior doador estrangeiro envolvido na proteção de florestas tropicais, do Brasil à Indonésia.

O desmatamento na Amazônia subiu para 7.989 quilômetros quadrados no período anual encerrado em julho de 2016, ante 6.207 quilômetros quadrados em 2015.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Reuters

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

4 comentários

  • Lenir dalabrida savariz Feliz Natal - MT

    A coisa é tão simples é só PAGAR anualmente ou mensal pela área total de terra para quem preservar e pronto. Nao precisa gastar tanto dinheiro com fiscalizações e leis e tanta conversa sobre o assunto

    0
  • Lenir dalabrida savariz Feliz Natal - MT

    Quando o produtor começar a receber um valor que não seja uma esmola pela preservação eu aposto que não cairá mais nenhuma árvore. Pois o produtor tem que preservar e pagar impostos e cuidar dos matos e recebe nada por aqui. Gastam tanto dinheiro com fiscalização. Ninguém ganha de graça e ninguém dá de graça e por que os donos de terras tem que preservar de graça para o Mundo?? Eu sou de acordo em preservar mas tem que rever e fazer uma lei para quem preservar será remunerado pela área total preservada

    0
  • Hermes Matté Santa Rita

    Se realmente quisesse diminuir o aquecimento global poderia deixar de usar petroleo e usar o etanol, isso sim equilibra a liberação e sequestro de carbono, Diferente do petróleo que só libera.

    Outro detalhe é que uma floresta formada só se mantem, não sequestra a mais.

    Bora valorizar o agro?

    3
    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Hermes, esse pensamento simplista é ignorar o "seu" ambiente. Imagino que para enviar essa mensagem você usou um teclado e, na sua frente havia uma tela. Do que são feitos essas ferramentas? Se não for 100% plástico, existe um grande percentual dele na confecção, sem contar a energia consumida para a industrialização. Veja somos uma geração, ou várias...Consumistas inocentes... O plástico entrou nas nossas vidas e nós nem notamos...Aí vem a pergunta: DO QUE É FEITO O PLÁSTICO?... Note que para inverter esse consumo mundial, vão algumas décadas ou séculos. ...Em algum lugar li um estudo da EXXON MOBIL, a primeira das "sete irmãs", onde cita que para os próximos 50 anos vai haver um crescimento orgânico do consumo do petróleo e seus derivados, pois toda logística instalada precisa ser consumida, haja vista que uma mudança radical dos hábitos da população causará danos sociais inimagináveis em escala mundial. Imagine os grandes centros urbanos deixarem de consumir gás encanado, ou não quiserem mais usar os meios de transporte movidos com combustíveis fósseis. Enfim, ZERO de energia poluidora !!!

      1
  • Cassiano aozane Vila nova do sul - RS

    Pagamentos? Pra quem, pra onde, onde entra essa ferpa ? No 1/2 ambiente? Ou no sarneyzinho?

    0