Marina Silva aproveita visita ao Amazonas para defender combate à mudança climática
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Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, citou a estiagem que atinge fortemente a região Norte do país como exemplo das consequências da mudança climática, defendendo que sejam tomadas atitudes para impedir o avanço do problema.
A ministra sustentou que as mudanças climáticas vêm sendo anunciadas desde a década de 1980.
"O negacionismo é um problema. Não adianta negar o problema da mudança climática. Ela existe e está nos afetando", afirmou.
"Nós estamos vivendo dois fenômenos: o cruzamento do El Niño, que é um fenômenos natural, com a mudança do clima de forma descontrolada com o aquecimento do Atlântico Norte. O cruzamento desses dois fenômenos fez com que começássemos o ano com enchentes aqui no Amazonas e no Acre, secas terríveis no Rio Grande do Sul. Nós estamos terminando o ano com seca terrível no Amazonas, no Acre e Rondônia, e enchentes terríveis no Rio Grande do Sul", afirmou a ministra em coletiva de imprensa após visita de ministros a regiões atingidas pela estiagem.
A seca no Amazonas é uma das piores registradas nos últimos anos e tem provocado a morte de peixes e outros animais, como os botos, e o desabastecimento em cidades da região.
Uma comitiva de seis ministros e representantes de outras cinco pastas, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, embarcou nesta quarta-feira para Manaus para avaliar a situação de emergência causada pela seca na região, que deve afetar até 500 mil pessoas.
O governo prepara uma série de medidas para tentar amenizar os efeitos da estiagem no Amazonas, incluindo a liberação de 138 milhões de reais para dragagem de trechos dos rios Solimões e Madeira, a antecipação de benefícios como Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pagamento do seguro defeso para pescadores.
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