StoneX prevê avanço na geração de CBIOs em 2025 e 2026
A StoneX, empresa global de serviços financeiros, revisou sua estimativa de geração de CBIOs para 43 milhões em 2025, avanço de 1,4% em relação a 2024. O aumento modesto reflete a expansão de 2,5% na demanda por biocombustíveis, liderada por biodiesel e etanol de milho — segmentos com menor conversão em créditos de descarbonização.
Para 2026, a consultoria projeta uma geração potencial de 45,1 milhões de CBIOs, crescimento de 4,7% sobre 2025, impulsionada pela alta de 6,2% na demanda por etanol (anidro e hidratado) e pela manutenção do B15 no biodiesel. O avanço poderia ser ainda maior caso se confirmem fatores como o aumento da produção de etanol de cana e uma eventual adoção do B16.
Segundo a analista de Inteligência de Mercado da StoneX, Isabela Garcia, as perspectivas para 2026 são mais favoráveis, impulsionadas por uma recuperação do consumo de etanol e pela manutenção do ritmo de crescimento do biodiesel. “Ainda assim, fatores como a predominância do etanol de milho e o limite atual da mistura do biodiesel restringem um avanço mais expressivo na geração de CBIOs”, destaca.
No campo regulatório, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definiu para 2025 uma meta de descarbonização de 40,39 milhões de CBIOs, redução de 5,1% frente à proposta de 2023 (42,56 milhões).
Apesar da redução da meta global, as metas individuais das distribuidoras somam 49,4 milhões de títulos, uma vez que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incorpora às novas metas o saldo não cumprido do ciclo anterior (10,7 milhões de CBIOs) e aplica abatimentos de 1,7 milhão de créditos para distribuidoras com contratos de longo prazo junto a produtores certificados.
Para 2026, o cronograma preliminar do RenovaBio indica uma meta inicial de 48,1 milhões de CBIOs, representando uma alta potencial de 19% sobre 2025.
De acordo com a B3, até outubro de 2025 foram depositados 35,79 milhões de CBIOs, um aumento de 1,8% sobre o mesmo período do ano anterior. Nos últimos meses, porém, há sinais de desaceleração na emissão, movimento sazonal esperado para o fim do ano.
“O mercado caminha para um equilíbrio entre oferta e demanda, com ajustes graduais que têm contribuído para reduzir a volatilidade dos preços dos créditos. A tendência é de estabilidade em 2025 e avanço mais consistente a partir de 2026, caso o cenário produtivo se confirme”, conclui Isabela Garcia.
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