Milho: Leilão para compra de 103 mil toneladas termina sem negócios

Publicado em 17/04/2013 14:14 e atualizado em 17/04/2013 17:53
Nesta quarta-feira (17), o leilão para a compra de 103 mil toneladas de milho a granel a ser destinado para vendedores nos portos de Nordeste para atender criadores das regiões atingidas pela seca terminou sem negócios. Nenhum dos quatro lotes ofertados foi negociado e técnicos do governo já estão reunidos na Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para uma avaliação desse resultado. 

A primeira avaliação é de que esse fracasso da operação teria frustrado as expectativas do governo, que buscava estimular o interesse dos cerealistas na remoção do milho por navios. Havia ainda uma expectativa de que algumas tradings poderiam participar do leilão ofertando milho da Argentina, já que o custo de transporte seria menor do que no Brasil. 

Entretanto, a compra de milho argentino seria um novo problema político para o governo brasileiro, uma vez que nesse mesmo momento os produtores do Mato Grosso, um dos principais estados produtores do país, cobram medidas eficazes para o escoamento de uma produção recorde que começa a ser colhida no próximo mês.

Esse leilão para entrega nos portos foi uma alternativa apontada pelo Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) para acelerar essa remoção do cereal, uma vez que as operações vinham sendo feitas de forma mais lenta já que vinham sendo feitas apenas por meio dos leilões de compra de produto já ensacado pelos vendedores com compromisso de entrega em postos de distribuição definidos pela Conab. 

O milho a ser entregue nos armazéns instalados nos terminais portuários da região Nordeste será doado ao governo dos estados, os quais serão responsáveis pelo ensacamento e remoção para as cidades castigadas pela seca. A venda da saca em lotes de aé 3 toneladas deverá ser feita por R$ 18,12/saca e R$ 21 para 3 a 6 toneladas. 
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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Precisamos de mais liberdade econômica em nosso país. Regras para o livre funcionamento do mercado. Não temos um sistema federalista no Brasil, confirmando a falta de liberdade econômica. Está na hora de aprendermos a falar a linguagem das prateleiras (Gôndolas) do Supermercado. Aposto como até o Mantega descerá do seu pedestal neste caso.

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