Milho: Safrinha brasileira pode concorrer com os EUA nas exportações mundiais
O aumento da confiança na safrinha de milho brasileira aprofundou a expectativa de uma queda de preços do grão no país frente a forte concorrência com os EUA nas exportações mundiais.
As chuvas prolongadas no Brasil têm sustentado as expectativas de que safrinha será superior à safra principal. A previsão é que a colheita, somando as safras de inverno e verão, atinja 80 milhões de toneladas pela primeira vez. A Conab (Companhia Brasileira de Abastecimento) estima que a produção de milho chegue a 78 milhões de toneladas, enquanto o USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) prevê uma colheita de 76 milhões de toneladas para o país. No entanto, no Paraná, um dos maiores estados produtores do milho safrinha, há a previsão e chuvas esta semana, o que pode causar contratempos na produção.
O economista Paul Deane disse que o crescimento da colheita da segunda safra criou uma forte concorrência às exportações norte-americanas no período entre novembro e dezembro, já que a safrinha é utilizada para exportações enquanto que a safra principal é, normalmente, mantida para consumo doméstico.
“Com o Brasil estimando uma produção de milho recorde, esse será o pilar fundamental para pressionar os preços do milho na Bolsa de Chicago, a menos de 5 dólares por bushel, a partir de setembro”, afirmou Deane. "Se não acontecer um grande problema de produção, a baixa nos preços do milho é provável que seja mais acentuada neste ano do que nas últimas temporadas”, completou. Os futuros do milho em Chicago não ficam abaixo de 5 dólares por bushel desde outubro de 2010.
Com informações do site Agrimoney.
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