Na Bloomberg: Entregas de sementes de milho podem ser prejudicadas por manifestações na Ucrânia
A crise política da Ucrânia pode estar começando a prejudicar a produção de grãos no país, segundo informações da Bloomberg. As manifestações violentas estão atrapalhando a entrega de sementes de milho pela nova planta da DuPont para produtores ucranianos e russos. Outras empresas, como a Cargill Inc. e a Monsanto, estão monitorando a intensificação das insurgências anti-governo para evitar possíveis problemas. A Ucrânia é hoje o terceiro maior produtor de milho.
Um grupo de manifestantes invadiu ontem (20) a sede do governo em Poltava, uma capital regional localizada a 10 quilômetros de Stasi, onde a nova planta da DuPont, avaliada em US$ 40 milhões, foi inaugurada no ano passado.
Paul Schickler, president da DuPont, afirmou que a empresa está tomando providências para entregar as sementes até o final da temporada de plantio, sem causar prejuízos para os produtores, mais o cenário político gera incertezas. “Nós ainda temos três meses para completar as entregas... A única preocupação é se os créditos ainda estarão disponíveis”, afirmou Schickler. “Como ficará o sistema de crédito? Como estarão as condições econômicas do país? Haverá liquidez no sistema agrícola? Se as condições econômicas mudarem, teremos um impacto direto nos negócios”, questiona.
Empresas tomam precauções
A planta de sementes da DuPont em Stasi emprega 70 pessoas para produzir o milho Pioneer e sementes híbridas de girassol. As projeções indicam que a Ucrânia se tornará o terceiro maior exportador de milho do mundo este ano, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.
A Monsanto Co. ganhou uma maior participação no mercado na Ucrânia e está aumentando sua capacidade de produção para atender à crescente demanda por sementes de milho da região, afirmou Kerry Preete, vice-presidente executivo da empresa. A empresa está monitorando a situação atual e trabalhando para continuar a servir os seus clientes, segundo uma porta-voz.
As operações da Cargill não foram afetadas e seu escritório em Kiev permanece aberto. A empresa que tem sede em Minneapolis, EUA, adaptou os turnos e orientou seus funcionários a trabalharem em casa, para garantir sua segurança. A Cargill já está na Ucrânia há mais de 20 anos e emprega 200 funcionários.
A John Deere & Co., maior produtora de equipamentos agrícolas, tem escritório em Kiev. Seus funcionários também podem trabalhar em suas casas e as viagens estão suspensas enquanto a empresa monitora a situação.
O interesse de traders pelo país aumentou com o aumento das exportações de milho. Ucrânia vai embarcar 18,5 milhões de toneladas de milho na temporada de 2013-2014, mais do que o triplo do volume exportado há três anos, de acordo com o USDA.
Informações: Bloomberg
Tradução: Fernanda Bellei
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