Milho fecha em queda na CBOT com previsão de clima favorável nos EUA
Nesta segunda-feira (21), os futuros do milho fecharam o pregão com ligeiras baixas na Bolsa de Chicago. O vencimento maio encerrou os negócios perdendo 6,25 pontos e terminou o dia cotado a US$ 4,88 por bushel, enquanto o julho recuou 6,75 pontos e terminou valendo US$ 4,93. Todas as principais posições já operam abaixo dos US$ 5,00 por bushel.
Segundo analistas, o mercado internacional do cereal é pressionado pelas previsões de uma melhora no clima dos Estados Unidos, o que poderia favorecer os trabalhos de plantio da nova safra norte-americana. No início da janela de semeadura, as principais regiões produtoras do país sofreram com baixas temperaturas e até mesmo a incidência de neve.
"Estava muito frio nos Estados Unidos até o final da última semana, e agora temos a previsão de um clima mais ameno, com um aumento das temperaturas. Isso poderia propiciar um avanço do plantio no país, há ainda algumas chuvas previstas para o final de semana, que poderiam ajudar na germinação, então, com o plantio do milho antecipado em relação à soja poderia estar pressionando um pouco o mercado", explicou Vinícius Ito, analista de mercado da Jefferies Corretora.
USDA: Plantio do milho chega a 4% nos EUA contra 14% da média dos últimos cinco anos
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou seu relatório semanal de acompanhamento de safras nesta segunda-feira (21). De acordo com o boletim, o plantio do milho da safra 2014/15 evoluiu, em uma semana, de 3 para 4%, até o último dia 20. No ano passado, nesse mesmo período, o índice de semeadura era de 6% e a média dos últimos cinco anos para essa época de 14%.
O órgão informou ainda que 5% das lavouras de trigo de inverno estão em excelentes condições, 29% em boas condições, 33% em situação regular e 33% em condições ruins ou muito ruins. Sobre o trigo de primavera, 7% da área já foi plantada até o último dia 20. Na semana passada, a semeadura estava em 6%, no mesmo período do ano passado em 10% e a média dos últimos cinco anos indica 19%.