Milho: Em Chicago, mercado opera em alta nesta 6ª feira, após perdas do dia anterior

Publicado em 29/01/2016 06:37

Nesta sexta-feira (29), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) registram leves ganhos nos principais contratos. Na abertura do pregão, o mercado já esboçava leves altas, recuperando perdas da sessão anterior. Com isso, às 13h16 (pelo horário de Brasília) os principais contratos registravam ganhos de 3 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,68 por bushel, maio/16 era negociado a US$ 3,73 por bushel e setembro/16 a US$ 3,82 por bushel.

O mercado testa uma reação tímida depois das quedas registradas no dia anterior, entre 3,50 e 4,00 pontos. Os analistas ressaltaram que as cotações foram pressionadas pela forte perda registrada nos preços da soja. Por sua vez, os futuros da oleaginosa recuaram após o anúncio do cancelamento de 395 mil toneladas do grão americano para a China.

Além disso, os participantes do mercado observam o planejamento da próxima safra norte-americana. Os agricultores americanos ainda não definiram a próxima temporada, mas há muitas especulações sobre a área que será destinada ao plantio do cereal.

Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou o novo boletim de vendas semanais para exportação. Na semana que terminou em 21 de janeiro, os EUA venderam 817 mil toneladas de milho da safra 2015/16, volume 29% menor do que o registrado na semana anterior e 17% superior à média das últimas quatro semanas. O México segue como principal comprador do cereal norte-americano, adquirindo 304,9 mil toneladas.

No Brasil, os futuros do milho negociados na BM&F Bovespa registravam leves baixas nos principais contratos. Às 13h20, o vencimento março/16 perdia 0,25% e era cotado a R$ 39,90 pela saca. Maio/16 caia 0,50% e era negociado a R$ 38,11 pela saca, enquanto setembro/16 estava valendo R$ 36,55 por saca. 

Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:

Milho: Apesar da ligeira queda no dólar, preço sobe 8,75% em Rio Grande e saca chega a R$ 43,50

Apesar da ligeira queda registrada no dólar nesta quinta-feira (28), as cotações do milho praticadas no mercado interno exibiram ligeira alta. No Porto de Rio Grande, a saca do cereal subiu 8,75%, negociada a R$ 43,50. Em Tangará da Serra (MT), a valorização foi de 3,70%, com a saca do grão cotada a R$ 28,00, na região de Campo Novo do Parecis (MT), a cotação apresentou alta de 1,85%, com a saca a R$ 27,50. Em Não-me-toque (RS), a saca chegou a R$ 32,00, com ganho de 1,59%. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.

Já o dólar fechou o pregão em queda, de 0,14%, cotado a R$ 4,0800 na venda. Na mínima do dia, a moeda norte-americana tocou o patamar de R$ 4,0341. Segundo dados da agência Reuters, a sessão foi marcada pela volatilidade em meio à recuperação dos preços do petróleo e por expectativas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, não deva elevar os juros novamente pelo menos no curto prazo.

No mercado interno, o analista de mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildenbrandt ressalta que os negócios seguem mais lentos. "Temos alguns fatores que contribuíram para o esfriamento dos negócios como as tradings já se concentrando em negociações com a soja, as informações dos leilões dos estoques públicos de milho, notícias da importação de dois navios de milho para o Nordeste e o avanço da colheita da safra de verão no país", explica o analista.

Inclusive nesta quinta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) já reportou os valores dos leilões, que devem acontecer na próxima segunda-feira (1). Ao todo, serão negociadas cerca e 150 mil toneladas, com preços entre R$ 20,34 a saca de 60 kg até R$ 25,20 a saca de 60 kg, dependendo do lote e da região. "Esse é um preço inicial, com a disputa pelos lotes as cotações podem subir, com isso, o fechamento deverá ficar bem acima desses valores", ressalta Hildenbrandt.

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, a cotações do cereal tiveram um dia de estabilidade. A primeira posição, março/16 fechou o dia a R$ 40,10 a saca, com ligeira queda de 0,10%. Já o contrato setembro/16 subiu 0,14%, com a saca a R$ 36,70.

Diante desse quadro de preços ainda sustentados, o analista reforça que uma operação de Put (opção de venda) continua sendo interessante aos produtores rurais brasileiros. "Com isso, o produtor adquire o direito de vender o milho a determinado valor. E caso o preço suba mais, o agricultor não precisa exercer a opção e pode negociar o cereal com valores de mercado", pondera.

Bolsa de Chicago

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quinta-feira (28) com perdas mais fortes. Em mais uma sessão volátil, as principais posições do cereal ampliaram as perdas e exibiram quedas entre 3,50 e 4,00 pontos. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,65 por bushel, já o contrato maio/16 era negociado a US$ 3,70 por bushel.

Ainda na visão do analista de mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildenbrandt, as cotações acabaram sendo pressionadas pela queda mais expressiva registrada nos contratos futuros da soja. Por sua vez, as cotações da oleaginosa perderam mais de 14 pontos hoje com o anúncio do cancelamento de 395 mil toneladas do grão americano para a China. O volume deveria ser entregue na temporada 2014/15. As informações foram divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Consequentemente, o boletim de vendas para exportação que deveria ter sido reportado nesta quinta-feira foi adiado para a sexta-feira (29). E os números referentes à demanda pelo produto americano continuam sendo observadas de perto pelos participantes do mercado. Contudo, no acumulado da temporada, as vendas de milho estão 27% abaixo do observado no mesmo período do ano anterior e totalizam 22.401,0 milhões de toneladas do cereal, ainda segundo dados do departamento americano.

Por outro lado, os investidores também acompanham o planejamento da nova safra americana. Os produtores rurais dos EUA ainda definiram a próxima temporada, porém, há muitas especulações sobre a área que será destinada ao plantio do cereal, uma vez que os atuais patamares praticados em Chicago não cobrem os custos de produção, conforme ressaltam os analistas.

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Por:
Fernanda Custódio // Sandy Quintans
Fonte:
Notícias Agrícolas

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