Milho tem nova alta na BM&F nesta 5ª e mar/18 se aproxima de R$ 40; em Campinas (SP), alta de 5%
O pregão desta quinta-feira (1) foi positivo aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa. As principais posições da commodity exibiram valorização de mais de 1%. O vencimento março/18 se aproximou do patamar de R$ 40,00 a saca e encerrou o dia a R$ 39,85 a saca. O maio/18 finalizou a sessão a R$ 37,50 a saca.
Na bolsa brasileira, os preços continuam sua trajetória de alta e, somente no mês de fevereiro subiram até 18%, conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas. A menor disponibilidade do produto, especialmente no mercado paulista permanece como principal fator de sustentação aos preços.
Os produtores ainda seguem focados na colheita da soja e no plantio da segunda safra de milho. Além disso, a alta no frete também ajuda na composição desse cenário. "A alta nos preços do milho está atrelada principalmente ao aumento do frete nos últimos dias, reflexo do avanço do escoamento da soja", reportou o Cepea em seu comentário semanal.
Enquanto isso, no mercado doméstico as cotações permanecem firmes. Ainda nesta quinta-feira, em Campinas (SP) a saca subiu mais de 5% e encerrou o dia a R$ 41,60. Na região de Campo Novo do Parecis (MT), a saca subiu 5,00% e finalizou o dia a R$ 21,00.
Ainda em Mato Grosso, em Tangará da Serra, a valorização foi de 4,76%, com a saca do cereal a R$ 22,00. Em Londrina (PR), o ganho foi de 4,00%, com a saca do cereal a R$ 26,00. Já em Campo Grande (MS), a saca subiu 3,85% e terminou a quinta-feira a R$ 27,00.
No Porto de Paranaguá, a saca também registrou ganhos, de 1,54%, e bateu o patamar de R$ 33,00. Em contrapartida, a saca recuou 1,96% no Oeste da Bahia, e encerrou o dia a R$ 25,00.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), a sessão desta quinta-feira foi de alta aos preços do milho. Após movimentações pouco expressivas durante parte do dia, as cotações ampliaram os ganhos e finalizaram o pregão com valorizações entre 3,75 e 4,25 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,78 por bushel, enquanto o maio/18 trabalhava a US$ 3,86 por bushel.
Com preocupações com o clima na Argentina, o mercado subiu pela quarta sessão consecutiva em Chicago. Ainda hoje, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) reportou que a colheita do milho segue no país, mas os rendimentos estão abaixo do normal.
No boletim, a entidade ainda reforçou que as lavouras tardias e de segunda etapa passam nesse momento pelo momento mais importante de desenvolvimento e crítico para a definição de produtividade. E, caso as chuvas não se confirmem nos próximos dias, o potencial produtivo poderá ser afetado nessas áreas.
Leia mais:
>> Com rendimentos abaixo do normal, colheita de milho continua seu curso na Argentina
A expectativa é que sejam colhidas em torno de 37 milhões de toneladas de milho nesta temporada no país vizinho. A projeção está abaixo do registrado no ciclo anterior.
Além disso, o relatório de vendas semanais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) também contribuíram para a movimentação positiva. Na semana encerrada no dia 22 de fevereiro, as vendas do cereal somaram 1,753 milhão de toneladas.
Mais uma vez, o número ficou acima das projeções, entre 1 milhão e 1,4 milhão de toneladas. O volume acumulado na temporada 39.304,4 milhões de toneladas, frente as 43 milhões do ano passado, nesse mesmo período.
"As vendas de milho foram excelentes novamente. Vi algumas informações que diziam que vendemos um quarto da nossa demanda de exportação projetada em apenas seis semanas", disse Jack Scoville, analista de mercado da Price Futures Group.
Dólar
A moeda norte-americana subiu 0,37% e encerrou a quinta-feira a R$ 3,2548 na venda. Conforme dados da Reuters, o dólar acompanhou a trajetória da moeda no exterior ante divisas de emergentes com o avanço da aversão ao risco depois da notícia sobre tarifas de importação para aço e alumínio nos EUA.
Veja como fecharam os preços nesta quinta-feira: