Milho: Em Chicago, mercado acompanha queda do trigo e recua mais de 6 pts nesta 2ª feira

Publicado em 19/03/2018 17:16

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As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) ampliaram as perdas durante o pregão desta segunda-feira (19) e finalizaram o dia com quedas entre 6,25 e 7,75 pontos. O vencimento maio/18 era cotado a US$ 3,75 por bushel, já o julho/18 trabalhava a US$ 3,83 por bushel.

Os futuros da commodity recuaram pelo quarto dia consecutivo no mercado internacional. E, de acordo com informações das agências internacionais, o mercado acompanhou as perdas mais expressivas registradas nos contratos do trigo.

Por sua vez, as cotações do trigo caíram e atingiram os níveis mais baixos em seis semanas, conforme destacou a agência de notícias. "As planícies do sul dos EUA, que estavam secas desde outubro, receberam chuvas no final de semana", completa a Reuters.

"O declínio do milho ocorreu apesar da forte demanda pelo cereal americano. Os importadores estão comprando milho dos EUA no ritmo mais rápido desde meados da década de 1990", reportou a Reuters internacional.

Em meio à seca na Argentina, que já ocasionou perdas consolidadas na safra, e do fornecimento limitado de milho no Brasil, dois dos três exportadores, abriu uma janela de oportunidade ao EUA.

Ainda nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou duas vendas de milho, totalizando 321 mil toneladas. O Japão adquiriu 206 mil toneladas do cereal. O volume negociado deverá ser entregue ao longo da campanha 2018/19.

O restante, de 115 mil toneladas, foi comprado por destinos desconhecidos. Nesse caso, o volume negociado deverá ser entregue no ciclo 2017/18.

Já os embarques de milho ficaram em 1.409,281 milhão de toneladas, na semana encerrada no dia 15 de março. O volume ficou dentro das expectativas dos investidores, entre 1,19 milhão a 1,5 milhão de toneladas.

No acumulado da temporada, os embarques do cereal somam 21.732,957 milhões de toneladas. Em igual período do ano anterior, o volume estava em 30,2 milhões de toneladas. As informações foram reportadas pelo USDA.

Mercado brasileiro

O início da semana foi de ligeiras altas aos preços do milho praticados no mercado interno. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o valor da saca subiu 5,88% e chegou a R$ 18,00 nesta segunda-feira. Já em Ponta Grossa (PR), a alta foi de 5,26%, com a saca do cereal a R$ 40,00.

Em Palma Sola (SC), a saca apresentou ganho de 2,94% e terminou o dia a R$ 35,00. Na região de Tangará da Serra (MT), o ganho ficou em 2,13%, com a saca a R$ 24,00. Em Pato Branco (PR), a saca subiu 1,53%, com a saca a R$ 33,20.

Os preços do milho permanecem firmes no mercado interno. "As cotações estão sustentadas pela forte retração vendedora, apenas pequenos volumes têm sido disponibilizados para comercialização. Compradores, por sua vez, são obrigados a ceder nas negociações para repor estoques de curto prazo", destacou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em seu comentário semanal.

Enquanto isso, na BM&F Bovespa as cotações recuaram no pregão desta segunda-feira. As principais posições da commodity finalizaram o dia com perdas entre 0,56% e 2,58%. O vencimento maio/18 era cotado a R$ 37,60 a saca e o setembro/18 trabalhava a R$ 34,40 a saca.

"Os consumidores iniciaram a semana mais retraídos já que os indicadores do mercado físico sinalizaram a perda da firmeza e a colheita do milho verão tende a ganhar intensidade", reportou a Radar Investimentos.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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