Milho: Mercado encerra 5ª com ligeiras altas na CBOT com foco no clima nos EUA e a alta do trigo

Publicado em 03/05/2018 17:52

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Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam o pregão desta quinta-feira (3) com ligeiras altas. As principais posições da commodity encerraram o dia com ganhos entre 2,50 e 3,50 pontos. O vencimento maio/18 era cotado a US$ 3,99 por bushel, enquanto o julho/18 operava a US$ 4,08 por bushel.

As agências internacionais destacam que as cotações do cereal encontraram suporte na valorização do trigo. Por sua vez, os futuros da commodity subiram mais de 10 pontos nesta quinta-feira em meio às preocupações com o clima nos Estados Unidos.

O comportamento do clima no Meio-Oeste americano também permanece no radar dos investidores no caso do milho. "As regiões do Delta devem ter uma janela de plantio aberta e a oportunidade de correr pelas próximas duas semanas com pouca interrupção", disse Benson Quinn Commodities ao Agrimoney.com.

A commodity também teve suporte dos números das vendas semanais, divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As vendas semanais ficaram em 1.019,9 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 26 de abril. O volume ficou ligeiramente acima do esperado pelos investidores entre 700 mil a 1 milhão de toneladas.

Por outro lado, o clima seco no Brasil em importantes regiões produtoras também segue no radar dos traders. "As preocupações de produção no Brasil devem limitar o risco de queda para o restante da semana nos futuros de milho", destaca Terry Reilly, da Futures International.

 “As chuvas continuaram muito limitadas no cinturão de milho safrinha no Brasil na semana passada, o que permitiu que o fornecimento de umidade do solo continuasse a declinar. E as chuvas devem permanecer muito limitadas”, disse a Radiant Solutions ao Agrimoney.com.

Mercado brasileiro

O dia foi de estabilidade nas principais praças brasileiras, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em Assis (SP), a saca subiu 2,17%, com a saca do cereal a R$ 33,00. Já no Oeste da Bahia, o ganho foi de 1,75%, com a saca a R$ 29,00. Em contrapartida, em Campo Grande (MS), a saca caiu 3,23% e fechou o dia a R$ 30,00.

Enquanto isso, na BM&F Bovespa, as cotações do cereal encerraram o pregão com ligeiras altas. As principais posições do cereal subiram entre 0,17% e 0,86%. O maio/18 era cotado a R$ 41,60 a saca e o julho/18 a R$ 41,25 a saca.

O clima seco no Brasil continua impulsionando as cotações do cereal na bolsa brasileira, conforme destacam os analistas. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o analista de milho do Deral, Edmar Gervásio, destacou que a próxima semana será decisiva para as lavouras de milho safrinha no estado do Paraná.

"Em muitas regiões temos mais de 30 dias sem chuvas significativas. Esse cenário traz um viés negativo para essa safra. Contudo, caso as chuvas se confirmem, poderemos acompanhar uma recuperação no potencial produtivo das lavouras em algumas localidades", afirma Gervásio.

Até o momento, o departamento mantém a projeção para a safrinha no estado em 12 milhões de toneladas. A estimativa será atualizada no início do mês de maio. Esse é um cenário que também se repete no sul de Mato Grosso do Sul e algumas regiões de São Paulo.

A forte valorização do dólar também ajuda na composição desse cenário. Nesta quinta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,52% e terminou o dia a R$ 3,5305 na venda.

"Depois de encostar no patamar de 3,55 reais e levar o Banco Central a atuar com mais força no mercado de câmbio, o dólar fechou esta quinta-feira em baixa, ajudado também pelo alívio no mercado externo", reportou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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