Consultoria reduz em mais de 15% previsão da 2ª safra de milho do Brasil por seca

Publicado em 18/05/2018 14:09

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SÃO PAULO (Reuters) - A segunda safra de milho do Brasil deverá alcançar 48,767 milhões de toneladas em 2018, com uma quebra de 27,61 por cento em relação à temporada anterior, previu nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado, após reduzir em mais de 15 por cento a estimativa ante números divulgados em abril, por conta dos efeitos da seca nas lavouras.

"A projeção... considera as perdas na produção decorrentes da estiagem que atingiu importantes regiões produtoras do país", afirmou a Safras em nota.

Em abril, a consultoria estimava a também chamada "safrinha", que responde pela maior parte do milho produzido no Brasil, em 58,525 milhões de toneladas.

O levantamento indica um plantio de 10,427 milhões de hectares na segunda safra, 9,3 por cento abaixo dos 11,49 milhões de hectares cultivados no ano anterior, quando o Brasil colheu um recorde do cereal.

A safra de verão 2017/18 da região centro-sul deverá recuar 28 por cento frente à temporada anterior, para 23,9 milhões de toneladas, ante 24,096 milhões de toneladas na projeção de abril.

Para as regiões Norte e Nordeste, a Safras estima uma produção de 6,308 milhões de toneladas.

Com os ajustes nas estimativas de produção da safra de verão e da "safrinha", a produção brasileira de milho em 2017/18 deverá alcançar cerca de 79 milhões de toneladas, 26,7 por cento abaixo das 107,901 milhões de toneladas do ciclo anterior.

Em relação ao levantamento de abril, que apontava uma colheita de 88,95 milhões de toneladas, o recuo previsto é de 11,17 por cento.

(Por Roberto Samora)

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Fonte:
Reuters

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1 comentário

  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Amigo João Batista Olivi, vou fazer uma provocação aqui. Lembrar também que no fim, a minha avaliação sobre o governo Temer estava ao menos em grande parte, correta. Mas não é só isso, é sobre a Safras e Mercado, consultoria que nas vezes que consultei os dados, eles estavam corretos. Agora essa nova avaliação, se confirmada, muda muita coisa. Acho até que vai ser melhor plantar milho que soja esse ano, lembrando que não pode ser muito mais, pois o milho produz 3 vezes mais que soja por área plantada. Então vamos a provocação, você já notou que nossos amigos leitores, comentaristas, normalmente concordam imediatamente com qualquer avaliação que seja altista? Quando porém, são publicados dados que não agradam, acaba a seca e começa a chuva de impropérios, o USDA manipulador, a agência que não vale nada, e digo aqui amigos que tudo isso é válido, mas dados são dados. É a realidade. Um exemplo tenho aqui em mãos, trabalhei o fim de semana inteiro para montar uma tabela com 4 linhas, deu mais trabalho pesquisar e organizar que fazer a bendita tabela. Utilizei para isso dados da Secex que tem controle sobre toda a exportação brasileira em todos os portos do país. Sendo ainda um sistema interconectado. Pois bem, nela encontrei que segundo a Secex o USDA está errado sim, mas... pasmem senhores, errou para cima, pois a exportação no ano safra americano, de 30 de agosto de 2016 até 1 de setembro de 2017, calculado com os dados da Secex dá um total de 60 mi de ton e não 63 como registra até hoje o USDA. Peço calma ao pessoal, por que esse é somente um estudo. Não estou acusando ninguém de nada, apenas quero verificar com método, os dados apresentados pelas instituições. Restam apenas 4 meses para o fim do encerramento do ano safra americano e o Brasil precisa embarcar pouco mais de 37 mi de ton em apenas 4 meses, é possível? Sim é, mas não necessariamente vai ocorrer, hoje saem os dados semanais e teremos já um resultado aproximado para o mês de maio.

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