Milho: Cotações seguem desvalorizadas em Chicago à espera de novos relatórios do USDA
A segunda-feira (12) segue apresentando quedas para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam desvalorizações entre 6,00 e 6,25 pontos por volta das 12h02 (horário de Brasília).
O vencimento setembro/19 era cotado à US$ 4,04 com queda de 6,25 pontos, o dezembro/19 valia US$ 4,11 com baixa de 6,00, o março/20 era negociado por US$ 4,22 com desvalorização de 6,00 pontos e o maio/20 tinha valor de US$ 4,28 com perda de 6,00 pontos.
Segundo informações da Farm Futures, os preços do milho estão em baixa, com dezembro tentando manter-se acima da média móvel dos últimos 100 dias, que hoje está em torno de US$ 4,155. A grande expectativa segue sendo os novos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)
“O USDA responde ao enigma de quantos agricultores de milho plantaram, divulgando resultados de uma pesquisa de produtores que ainda estavam plantando quando a agência coletou dados para a controversa estimativa de 91,7 milhões de acres (37,1 milhões de hectares) feita em julho. Também hoje, a Agência de Serviços Agrícolas divulga seus primeiros dados sobre os produtores de acres certificados, incluindo o que eles foram impedidos de plantar”, aponta o analista de grãos Bryce Knorr.
As estimativas estão em todo o lugar para os relatórios de hoje. A pesquisa da Farm Futures descobriu menos acres, mas rendimentos mais altos do que a estimativa média do comércio. Mesmo assim, a publicação estima produção para milho abaixo do palpite médio do comércio.
“Ainda assim, a estimativa média dos analistas espera que o USDA reduza suas estimativas significativamente na segunda-feira. Isso pode ser perigoso se o USDA soltar uma surpresa negativa”, comenta Knorr.
B3
Já na bolsa brasileira, as cotações do milho futuro operam com leves altas neste início de semana, com valorizações entre 0,57% e 0,68% por volta das 12h10 (horário de Brasília) nesta segunda-feira (12).
O vencimento setembro/19 era cotado à R$ 38,67 com alta de 0,57%, o novembro/19 valia R$ 40,35 com elevação de 0,62%, o janeiro/20 era negociado por R$ 41,43 com ganhos de 0,68% e o março/20 tinha valor de R$ 41,10 com estabilidade.
De acordo com a Agrifatto Consultoria, os contratos futuros na bolsa brasileira iniciaram a semana com novas altas. Enquanto isso, as negociações no mercado físico ainda seguem em ritmo cadenciado, com a ponta vendedora cautelosa em comercializar grandes lotes, especialmente pela expectativa de novas valorizações para o cereal.
“Destaca-se ainda que o mercado externo aquecido (com prêmios firmes nos portos), têm garantido valores de paridade também sustentados, não aliviando as indicações internas apesar da safrinha recorde. Neste sentido, vale atenção ao câmbio, já que suas valorizações recentes devem manter a paridade também em campo positivo”, dizem os analistas.