Milho segue subindo na B3 com recuperação do dólar e demanda externa pelo cereal brasileiro
Os preços futuros do milho seguem subindo nesta sexta-feira (29) na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,15% e 1,07% por volta das 11h42 (horário de Brasília).
O vencimento julho/20 era cotado à R$ 45,47 com elevação de 0,15%, o setembro/20 valia R$ 44,47 com ganho de 0,38%, o novembro/20 era negociado por R$ 47,35 com valorização de 1,07% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 48,00 com estabilidade.
De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, a B3 volta a registrar valorizações seguindo o mercado externo e o fortalecimento do dólar. Por volta das 11h38, a moeda americana subia 0,77% e era cotada à R$ 5,44.
Outro fator que contribui é o aumento na demanda argentina por milho do Brasil, uma vez que uma seca histórica que reduz o nível do rio Paraná afeta o escoamento de safras da Argentina e do Paraguai, levando alguns compradores a trocar as origens das aquisições, aponta a Agrifatto Consultoria.
“Aumentou muito a demanda no Brasil, tem muito interesse. Nas últimas semanas, com a deterioração da situação na Argentina, tem aumentado muito demanda para Brasil, principalmente de cargas de junho e julho”, disse o presidente da AgriBrasil, Frederico Humberg.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro reverteram suas altas do início da manhã e passaram a cair na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 3,25 e 4,00 pontos por volta das 11h35 (horário de Brasília).
O vencimento julho/20 era cotado à US$ 3,23 com desvalorização de 4,00 pontos, o setembro/20 valia US$ 3,28 com perda de 3,75 pontos, o dezembro/20 era negociado por US$ 3,36 com baixa de 3,50 pontos e o março/21 tinha valor de US$ 3,48 com queda de 3,25 pontos.
A mudança no caminho das cotações se dá após o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgar seu relatório de exportações semanais apontando 427,200 MT da safra 2019/20, uma queda de 52% com relação a semana anterior e 58% menor do que as 4 semanas anteriores.
A expectativa do mercado era de que os números fossem apresentados entre 600.000 e 1,2 milhões de toneladas.