Exportações de milho subiram mais de 1.000% no último mês; número ainda é 73% menor do que 2019

Publicado em 01/07/2020 15:13 e atualizado em 01/07/2020 17:56

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O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final do mês de junho.

Nestes 21 dias úteis do mês, o Brasil exportou 348.129,7 toneladas de milho não moído, um acréscimo de 307.107,8 toneladas com relação ao fechamento da terceira semana. Com isso, a média diária de embarques ficou em 16.577,6 toneladas.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 73,64% menor do que as 62.895,8 de mês de junho de 2019. Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 57,6 milhões no período, contra US$ 206,6 milhões de junho do ano passado.

Já o preço por tonelada obtido registrou decréscimo de 4,20% no período, saindo dos US$ 172,90 do ano passado para US$ 165,7 neste mês de junho.

Na comparação com o último mês, maio de 2020, as exportaçõe brasileiras subiram mais de 1.296% saindo das anteriores 24.933,3 toneladas.

De acordo com análise da Agrinvest, a diminuição do apetite de compras do Irã e a ocupação dos espaços dos portos pela soja foram os fatores que impactaram nessa diminuição.

A partir de agora, os volumes devem retomar seu crescimento conforme os trabalhos de colheita nas principais regiões produtoras vão avançando durante julho, agosto e setembro. Porém, o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, alerta para a possibilidade de redução na exportação a partir de outubro.

Segundo o analista, o início da colheita no hemisfério norte deve reduzir o custo do cereal ucraniano, que ficaria cerca de US$ 5,00 mais barato por tonelada em comparação com o brasileiro.

Esse movimento tem capacidade para estimular ações de watchout com e redestinação de volumes originalmente destinados à exportação para atender o mercado interno brasileiro, que já registra um salto importante da recuperação da rentabilidade do etanol de milho e pode acompanhar uma retomada das margens do setor de suínos.

Sendo assim, Araújo não acredita que devemos ter dificuldades na liquidez do cereal no país, já que as estimativas para o estoque de passagem ao final de janeiro de 2021 variam entre 2 milhões de toneladas (caso as exportações cheguem à estimativa inicial de 34 milhões) e 6,5 milhões de toneladas (caso as exportações caiam para 30 milhões), patamar similar ao de 2021.

Diante deste cenário, o analista aponta que a rentabilidade do produtor brasileiro de milho segue elevada e que a estratégia de comercialização vai depender os custos de cada um, pensando em vender sua safra neste momento, buscar opções de seguros de alta ou aguardar para vender lá na frente.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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