Preço do milho tem altos e baixos no mercado físico nesta segunda-feira

Publicado em 13/07/2020 17:04
B3 e Chicago começam a semana desvalorizadas

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A segunda-feira (13) chegou ao final com os preços do milho se movimentando em campo misto no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Tangará da Serra/MT (1,43% e preço de R$ 35,50), Dourados/MS (2,44% e preço de R$ 42,00), Jataí/GO e Rio Verde/GO (2,56% e preço de R$ 40,00) e Luís Eduardo Magalhães/BA (2,70% e preço de R$ 38,00).

Já as desvalorizações apareceram nas praças de Palma Sola/SC (1,11% e preço de R$ 44,50), Cândido Mota/SP (1,14% e preço de R$ 43,50), Marechal Cândido Rondon/PR e Ubiratã/PR (1,20% e preço de R$ 41,00), Eldorado/MS (1,27% e preço de R$ 39,00), Brasília/DF (1,33% e preço de R$ 37,00).

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira.

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguem avançando na maior parte das regiões acompanhadas.

“Vendedores têm limitado a oferta no mercado doméstico, enquanto demandantes estão interessados em adquirir novos lotes”, diz o boletim.

Na semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) voltou a operar acima de R$ 50/saca de 60 kg – nessa sexta-feira, 10, fechou a R$ 50,23/saca de 60 kg, alta de 1,17% frente à sexta anterior.

“A colheita está em ritmo maior no Centro-Oeste, mas não o suficiente para pressionar os valores. No geral, em Goiás, Mato Grosso e no Triângulo Mineiro, as atividades são favorecidas pelo tempo seco. Já em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, os trabalhos de campo ainda estão lentos, e atrasos na entrega influenciam a sustentação dos preços”, aponta o Cepea.

B3

Os preços futuros do milho operaram durante todo o dia em baixa na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registravam movimentações negativas entre 2,18% e 2,74% por volta das 16h28 (horário de Brasília).

O vencimento julho/20 era cotado à R$ 49,79 com perda de 2,18%, o setembro/20 valia R$ 46,50 com desvalorização de 2,74%, o novembro/20 era negociado por R$ 48,00 com queda de 2,42% e o janeiro/21 tinha valor de R$ 49,82 com baixa de 2,31%.

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final da segunda semana de julho.

Nestes 8 dias úteis do mês, o Brasil exportou 809.410,6 toneladas de milho não moído, volume 522.504,1 maior do que o registrado na primeira semana e 132,5% maior do que o total embarcado em junho. Com isso, a média diária de embarques ficou em 101.176,3 toneladas.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias ficou 60,73% menor do que as 257.671,8 do mês de julho de 2019. Em termos financeiros, o Brasil exportou um total de US$ 130,5 milhões no período, contra US$ 1,018 bilhão de julho do ano passado, queda de 63,17%.

Já o preço por tonelada obtido registrou decréscimo de 6,21% no período, saindo dos US$ 171,90 do ano passado para US$ 161,2 neste mês de julho.

Segundo o analista de mercado da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, as exportações de soja no primeiro semestre foram recordes, o que tomou o espaço de embarques do milho, que naturalmente, começa a retomar a atenção do sistema logístico.

“No ano passado as exportações foram de mais de 42 milhões de toneladas de janeiro a dezembro. Neste ano esperamos 35 milhões e o que vai definir esse volume a real produção da segunda safra, que hoje está em torno de 75 milhões de toneladas, e o apetite da demanda interna”, diz Galvão.

De janeiro à junho, os principais destinos do milho brasileiro foram Taiwan (24%), Japão (13%), Irã (11%), Vietnã (9,5%) e Egito (8,4%). Já nas origens, o cereal brasileiro exportado veio, em sua maioria, do Mato Grosso (48,2%), seguido de Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também perderam força nesta segunda-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 6,50 e 8,50 pontos ao final do dia.

O vencimento julho/20 foi cotado à US$ 3,34 com queda de 6,50 pontos, o setembro/20 valeu US$ 3,28 com desvalorização de 8,50 pontos, o dezembro/20 foi negociado por US$ 3,36 com baixa de 8,25 pontos e o março/21 teve valor de US$ 3,47 com perda de 7,50 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1,76% para o julho/20, de 2,67% para o setembro/20, de 2,33% para o dezembro/21 e de 2,25% para o março/21.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho nos Estados Unidos caíram cerca de 2% na segunda-feira, aproximando-se de uma baixa de duas semanas, pois as previsões meteorológicas do Meio-Oeste se tornaram mais amenas para a principal fase de crescimento da safra este mês, aumentando o potencial para uma grande colheita.

“O prêmio de risco está saindo do mercado devido às melhores condições climáticas e temos enormes suprimentos (de safra antiga) que estamos carregando”, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities, com sede em Iowa.

A publicação relembra que os contratos futuros de milho e soja subiram no início deste mês, com o clima quente e seco pressionando as lavouras em algumas áreas. “A previsão de 15 dias está mais fria e úmida no meio-oeste desde sexta-feira”, disse a empresa de tecnologia espacial Maxar em nota diária.

Antes do relatório semanal de progresso das colheitas do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), previsto ainda para esta segunda-feira, os analistas consultados pela Reuters esperavam, em média, que o governo classificasse 70% das culturas de milho dos EUA de bom a excelente, com queda de 1 ponto percentual com relação a semana anterior.

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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