Em dia de reduções de projeção para produção, preço do milho volta a subir na B3

Publicado em 10/08/2021 16:45
Chicago fechou a 3ªfeira próxima da estabilidade

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Após fecharem a última semana acumulando perdas e recuarem também no começo desta semana, os preços futuros do milho tiveram, enfim, um dia de altas na Bolsa Brasileira (B3) e voltaram a operar próximos dos R$ 100,00 nesta terça-feira (10).

O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 98,30 com ganho de 1,03%, o novembro/21 valeu R$ 98,80 com valorização de 1,17%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 100,40 com alta de 0,97% e o março/22 teve valor de R$ 99,69 com elevação de 1%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as altas na B3 são reflexos do relatório de acompanhamento da safra brasileira de grãos divulgados hoje pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que reduziu para 60,322 milhões de toneladas a projeção de produção da segunda safra.

Esse patamar é 19,6% menor do que o que foi colhido na safrinha de 2020. Nas projeções anteriores, a Conab estimava produção de 79,799 milhões de toneladas em maio, 69,957 milhões em junho e 66,970 milhões em julho.

ESTIMATIVA DA CONAB PARA PRODUÇÃO BRASILEIRA DE MILHO 20.21

Mercado Interno

Os preços do milho no mercado interno se movimentaram pouco, mas recuaram nesta terça-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações apenas em Brasília/DF, já as desvalorizações foram percebidas em Ubiratã/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC e Cândido Mota/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, os negócios estão lentos e com o comprador retraído no mercado físico do Brasil.

A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que, “a colheita do milho segunda safra no Brasil superando 61,5%, combinada com as importações e a baixa procura dos compradores, tem levado os preços do cereal a estabilizarem nos R$ 100,00/sc em Campinas/SP diante dos negócios limitados”.

No Mato Grosso, por exemplo, a colheita já atingiu a marca de 93,47% do total até o fim da última semana, de acordo com o Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária). A entidade apontou ainda que a comercialização da safra 2020/21 no estado avançou 3,29 pontos percentuais no mês de julho e totalizou 83,20% do total, com preço médio de R$ 70,67 a saca.

Já no Paraná, a colheita está mais lenta e foi finalizada em 22% das lavouras. Das áreas restantes, 96% já estão em maturação, mas apenas 5% foram avaliadas como em boas condições pelo Deral (Departamento de Economia Rural), que espera a maior queda de produção da história após o estado perder 8,5 milhões de toneladas para o atraso de plantio, estiagem, geada e cigarrinhas.

Mercado Externo

Já os preços internacionais do milho futuro tiveram um dia de pouca movimentação na Bolsa de Chicago (CBOT) e encerraram a terça-feira praticamente estáveis após pequenas correções para baixo.

O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,49 com desvalorização de 1,00 ponto, o dezembro/21 valeu US$ 5,53 com queda de 0,50 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,61 com perda de 0,75 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,65 com baixa de 0,75 pontos.

Esses índices representaram recuos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (09), de 0,18% para o setembro/21 e para o maio/22, além de estabilidade para o dezembro/21 e para o março/22 e.

Segundo informações do site internacional Blog Price Group, o milho caiu ontem e continua sendo negociado dentro de uma estreita faixa de negociação com diversos fatores distintos influenciando no mercado.

“O mercado está olhando para os relatórios do USDA da quinta-feira, que devem mostrar potencial de rendimento para o milho entre 184 e 190 sacas por hectare. A demanda melhorou na semana passada e o clima continua sendo uma característica do comércio. Algumas previsões apontam para uma melhora do tempo, especialmente no cinturão oriental”, relata o analista de mercado Jack Scoville.

“As condições de cultivo nos EUA são altamente variáveis e provavelmente não produzirão linha de tendência ou rendimentos recordes. Ainda é muito seco em muitas áreas do Oeste e um clima mais seco é esperado no Leste. Também deve permanecer quente no Oeste e frio no Leste”, acrescenta Scoville.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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