Milho cai na B3 nesta 6ªfeira e consolida baixa semanal de 2%
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A sexta-feira (05) chega ao final com os preços futuros do milho novamente recuando na Bolsa Brasileira (B3), assim como foi durante grande parte desta semana.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 87,11 com desvalorização de 1,70%, o janeiro/22 valeu R$ 87,28 com baixa de 1,60%, o março/22 foi negociado por R$ 87,80 com perda de 1,29% e o maio/22 teve valor de R$ 83,60 com queda de 1,53%.
Na comparação semanal, os futuros do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 1,57% para o novembro/21, de 1,74% para o janeiro/22, de 0,90% para o março/22 e de 2,11% para o maio/22, com relação ao fechamento da última sexta-feira (29).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essas movimentações da B3 foram reflexos de dois fatores, as quedas na Bolsa de Chicago e o dólar em baixa ante ao real.
“Assim o mercado se acomoda no porto e também recua internamente, mas não há muito espaço para flutuação de muita queda porque o mercado internacional segue demandador”, afirma.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se retraíram neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, encontrou desvalorizações em Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Jataí/GO, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP. Já as valorizações apareceram somente em Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A consultoria SAFRAS & Mercado relata que, “o mercado brasileiro de milho teve uma semana calma nos negócios, ainda mais com o feriado da terça-feira. E predominaram preços fracos, de estáveis a mais baixos no comparativo com a semana anterior, salvo uma ou outra exceção”.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve maior volume de oferta ao longo dos últimos dias. “A consequência está na queda dos preços em determinados estados, com destaque para o movimento no Mato Grosso. A intenção de momento é liberar espaço nos armazéns para as safras do primeiro semestre. Os consumidores conseguem um posicionamento confortável em seus estoques e tendem a exercer maior pressão sobre o mercado”, comenta.
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, o mercado está “com movimento de liquidação no interior para deixar espaço livre para a entrada da soja em janeiro, levando a saca em Campinas/SP a se aproximar dos R$86,00/sc”.
O reporte diário da Radar Investimentos, acrescenta que, “as condições climáticas para o plantio de milho no Brasil nas últimas semanas têm sido as melhores vistas dos últimos anos. Este cenário favorável tem acelerado os trabalhos no campo. Exemplo disto é o Rio Grande do Sul, de acordo com a Emater, o plantio está em 79% da área estimada até a semana anterior”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também contabilizou movimentações negativas nesta sexta-feira para os preços internacionais do milho futuro, que acumularam perdas no comparativo semanal.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,53 com desvalorização de 6,25 pontos, o março/22 valeu US$ 5,62 com queda de 5,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,67 com perda de 5,25 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,68 com baixa de 4,25 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (04), de 1,07% para o dezembro/21, de 0,88% para o março/22, de 0,87% para o maio/22 e de 0,87% para o julho/22.
Na comparação semanal, os futuros do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 2,64% para o dezembro/21, de 2,43% para o março/22, de 2,07% para o maio/22 e de 1,73% para o julho/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho diminuíram com a pressão da safra, replicando as movimentações negativas da soja e do trigo.
A expectativa da que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aumentará suas previsões de safra dos EUA em seu próximo relatório WASDE de oferta e demanda da semana que vem também ajudou a limitar o milho na CBOR, aponta Christopher Walljasper da Reuters Chicago.
John Zanker, analista de mercado da Risk Management Commodities, afirmou que, depois que as chuvas atrasaram as safras de milho e soja, esta semana ofereceu uma janela clara para o trabalho de campo.
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