Milho tem leve aumento da B3 seguindo o dólar nesta 2ªfeira

Publicado em 29/11/2021 16:44
Chicago se desvaloriza com pressão do trigo

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A segunda-feira (29) chega ao fim com os preços futuros do milho se mantendo com flutuações mínimas na Bolsa Brasileira (B3), que registrou movimentações em campo misto nesta abertura de semana.

O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 89,34 com elevação de 0,49%, o março/22 valeu R$ 89,52 com alta de 0,58%, o maio/22 foi negociado por R$ 85,70 com ganho de 0,35% e o julho/22 teve valor de R$ 81,98 com perda de 0,16%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, A semana começa na calmaria, com uma pequena alta mais atrelada ao dólar, já que Chicago registrou baixas.
 
“O mercado já em ritmo de final de ano e sem muitos negócios acontecendo. Basicamente, apenas pequenos granjeiros compram e os grandes estão abastecidos, ninguém quer comprar porque estão abastecidos e esperando muitos volumes no ano que vem”, diz.

Brandalizze destaca que o bom desenvolvimento das lavouras do cereal nesta safra de verão, com excesso das áreas que sofrem com falta de chuvas no Rio Grande do Sul, vai sustentando boas projeções de oferta para 2022.

“Vai ter milho novo chegando na safra e isso dá garantia de abastecimento confortável no primeiro semestre. Só terá problema se as chuvas escassearem agora em fase de florescimento. O mercado é de fim de ano e sem pressão e nem fôlego para mudar”, afirma o analista.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho começou a semana com muita volatilidade. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Amambai/MS.

Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS e Porto Paranaguá/PR.

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, após caírem por oito semanas consecutivas, os preços do milho voltaram a subir na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. 

“Nos portos de Santos/SP e de Paranaguá/PR, os valores foram influenciados pelo alto patamar do dólar, especialmente no início da última semana, e pelos avanços nos futuros externos. No interior do País, vendedores, atentos a esse cenário e também ao menor volume de chuvas em novembro, que gera certa preocupação quanto ao desenvolvimento da safra de verão, se afastaram do spot nacional, à espera de intensificação do recente movimento de alta nos preços”, aponta.

Compradores de grande parte das praças acompanhadas pelo Cepea se mostram abastecidos, o que, inclusive, limitou o avanço dos valores na visão dos técnicos da entidade. “Diante disso, o ritmo de comercialização tanto no interior como nos portos ainda esteve lento e abaixo do observado em anos anteriores. No campo, mesmo com a redução das chuvas ao longo de novembro e das consequentes preocupações, o desenvolvimento das lavouras da safra de verão segue satisfatório”.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) até começou o primeiro dia da semana contabilizando leves ganhos, próximos da estabilidade, mas perdeu força e despencou ao longo desta segunda-feira, com os preços internacionais do milho futuro voltam à patamares entre US$ 5,81 e US$ 5,86.

O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,81 com queda de 5,75 pontos, o março/22 valeu US$ 5,82 com perda de 9,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,85 com desvalorização de 9,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,86 com baixa de 9,50 pontos.
    
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (26), de 0,85% para o dezembro/21, de 1,52% para o março/22, de 1,68% para o maio/22 e de 1,68% para o julho/22.

Segundo informações da Agência Reuters, o milho e a soja seguiram o trigo em queda, além de serem pressionados por vendas técnicas, realização de lucros e por boas chuvas de fim de semana na Argentina e partes do Brasil.

A publicação destaca que os futuros do trigo nos EUA recuaram na segunda-feira com um dólar mais firme e as perspectivas de safra recorde do grande exportador australiano aliviando as preocupações recentes sobre as safras prejudicadas pelas chuvas.

“O mercado de trigo caiu drasticamente depois que o governo australiano divulgou não apenas uma safra recorde de trigo, mas também uma produção recorde de canola e a segunda maior produção de cevada. Isso inicialmente enviou um sentimento negativo para o mercado de trigo, que se espalhou para o milho e a soja”, disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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