Milho: B3 cai 2% nesta quarta-feira sem pressão de compradores

Publicado em 15/12/2021 16:56
Chicago recua em movimentos técnicos e sinalização de menos demanda

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A quarta-feira (15) chega ao término com os preços futuros do milho permanecendo no campo negativo e contabilizando recuos na Bolsa Brasileira (B3) e ficando entre R$ 84,00 e R$ 93,00.

O vencimento janeiro/22 foi cotado à R$ 91,10 com desvalorização de 2,33%, o março/22 valeu R$ 93,41 com baixa de 1,88%, o maio/22 foi negociado por R$ 89,01 com perda de 1,59% e o julho/22 teve valor de R$ 84,90 com queda de 0,82%.

Para o analisa de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue na calmaria e em ritmo de final de ano porque o mercado comprador do setor de ração está todo parado com manutenção de equipamentos, limpeza de silos e férias coletivas.

“Nesse momento se aloja poucos pintinhos e não tem uma demanda forte de ração na virada de ano. Isso é tradicional para voltar a alojar em janeiro. Então o comprador segue nominal na faixa de R$ 90,00 junto a indústria do Rio Grande do Sul e quase nada de negócios”, pontua Brandalizze.  

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registraram altos e baixos nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Castro/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Brasília/DF. Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a falta de interesse dos compradores no mercado físico retira a firmeza das cotações no mercado físico em boa parte das regiões produtoras. Outro reflexo disto é o fluxo de negócios mais calmo. Com a manutenção dos estoques americanos no último relatórios dos EUA, o dólar e o clima na América do Sul são os drivers”.

A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “as chuvas esfriam o mercado doméstico, mas não muda o cenário de redução da produção do milho primeira safra no sul do Brasil continua a sustentar os preços no mercado físico, ajudando a sustentar a saca em Campinas/SP nos R$ 88,00”. 

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) perdeu força ao longo desta quarta-feira e encerrou as atividades do dia negativa para os preços internacionais do milho futuro.

O vencimento março/22 foi cotado à US$ 5,85 com queda de 4,50 pontos, o maio/22 valeu US$ 5,87 com perda de 5,00 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 5,86 com desvalorização de 5,25 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 5,58 com baixa de 2,75 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (14), de 0,85% para o março/22, de 0,84% para o maio/22, de 0,85% para o julho/22 e de 0,53% para o setembro/22.

Segundo informações de Vlamir Brandalizze, nesta quarta-feira Chicago seguiu mais a linha técnica e do mercado financeiro, mas também sentiu uma participação da China para recuar nos preços futuros do milho.

“A China voltando a liberar a compra de carnes brasileiras acaba afetando os locais onde ela estava comprando que seriam as carnes dos Estados Unidos, Argentina e Austrália. Então isso acaba afetando o milho nos EUA porque é sinal que vai ter menos pressão de compra pelos chineses no mercado norte-americano e acaba diminuindo um movimento de demanda para o milho”, explica.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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