Queda do dólar não dá trégua e milho fecha 5ªfeira desvalorizado no Brasil

Publicado em 24/03/2022 16:50 e atualizado em 25/03/2022 08:17
Chicago também cai com mercado já precificado diante da guerra

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A quinta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando mais um dia de recuos na Bolsa Brasileira (B3).

O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 97,40 com desvalorização de 1,05%, o julho/22 valeu R$ 95,60 com baixa de 0,62%, o setembro/22 foi negociado por R$ 95,20 com queda de 0,36% e o novembro/22 teve valor de R$ 97,25 com perda de 0,49%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho começa a sinalizar uma tendência de queda, após um período de oscilações para cima e para baixo.

“O mercado começou a se acomodar e está recuando em reais e o fator principal é o dólar. O produtor gaúcho, há um mês atras, recebia R$ 100,00 a saca, até R$ 105,00 chegou a receber, e hoje o mercado de balcão para o produtor gaúcho está em R$ 89,00, ontem era de R$ 91,00”, diz Brandalizze.

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho vem apresentando preços mais baixos com a decisão do produtor de vender mais o cereal neste momento e segurar a soja. Adiante, especialmente no segundo semestre, para as cotações avançarem o mercado vai depender do câmbio, da safrinha e da produção norte-americana. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou mais perdas do que ganhos neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. Já as desvalorizações apareceram em Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Jataí/GO, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS e Cândido Mota/SP.

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira

De acordo o reporte diário da Radar Investimentos, “a progressiva queda do dólar nos últimos dias, combinada com alguns pregões de perdas na Bolsa de Chicago, afastou exportadores do mercado nesta semana, ao menos momentaneamente, diminuindo a demanda de modo geral e a negociação de lotes no mercado físico”.

A análise diária da Agrifatto Consultoria também destaca que, “a queda do dólar distancia o milho brasileiro da exportação, que estava sustentando os preços internos, levando recuo para a saca em Campinas/SP que se aproxima dos R$100,00/sc”.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também se manteve em campo negativo para os preços internacionais do milho futuro ao longo de toda a quinta-feira.

O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,48 com desvalorização de 9,50 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,28 com queda de 6,25 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 6,82 com perda de 5,00 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 6,67 com baixa de 4,75 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quarta-feira (23), de 1,19% para o maio/22, de 0,82% para o julho/22, de 0,73% para o setembro/22 e de 0,74% para o dezembro/22.

Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho da Bolsa de Chicago caíram nesta quinta-feira, com traders observando que o mercado já absorveu as interrupções no fornecimento da região do Mar Negro após a invasão da Ucrânia pela Rússia há um mês.

“Parece que o mercado precificou que haverá um problema com milho e trigo saindo da Ucrânia”, disse Chris Robinson, fundador da Robinson Ag Marketing.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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