Milho: B3 recebe suporte do dólar e das movimentações de porto nesta 4ªfeira
A quarta-feira (20) chega ao final com os preços futuros do milho mantendo as movimentações restritas ao longo de todo o pregão na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações encerraram o dia flutuando na faixa entre R$ 85,13 e R$ 90,65.
O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 85,13 com queda de 0,23%, o novembro/22 valeu R$ 87,42 com perda de 0,19%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 89,70 com baixa de 0,07% e o março/23 teve valor de R$ 90,65 com elevação de 0,06%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o que deu suporte para a B3 nesta quarta-feira foram as movimentações cambiais com o dólar positivo e o mercado de porto comprando e mantendo sem quedas.
“O mercado está tentando se firmar e criar suporte nos patamares ao redor de R$ 90,00 para a posição de outubro/novembro nos portos e para o final do ano no mercado consumidor de industrias. Esse é um número interessante para o setor de ração que acabou pagando acima de R$ 110,00 a saca no final do ano passado”, pontua.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um dia negativo neste meio de semana. A única valorização registrada pelo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas apareceu na praça de Brasília/DF. Já as desvalorizações foram percebidas em Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio Verde/GO, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Oeste da Bahia e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho, a pressão do avanço da colheita do milho segunda safra fez com que a saca recuasse para próxima dos R$ 82,00 em Campinas/SP”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago permaneceu ao longo de toda a quarta-feira no campo negativo para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 5,92 com queda de 4,50 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 5,90 com desvalorização de 5,25 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 5,96 com baixa de 5,25 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 6,00 com perda de 4,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última terça-feira (19), de 0,67% para o setembro/22, de 0,84% para o dezembro/22, de 0,83% para o janeiro/23 e de 0,83% para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira devido às previsões de melhora do clima no Centro-Oeste norte-americano, incluindo chuvas na próxima semana que devem impulsionar as perspectivas de produção agrícola.
A publicação aponta que, os traders se concentram nas previsões meteorológicas para os Estados Unidos, onde as chuvas esperadas para a próxima semana foram vistas aliviando um pouco do estresse nas lavouras de um período de calor que queimou as planícies do sul e se estendeu ao sul do centro-oeste.
“Os traders estão um pouco mais otimistas de que, quando essa crista (de alta pressão) mudar para frente e para trás nos EUA, isso trará algumas frentes”, disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International em Chicago.
A Reuters destaca que, julho é o mês climático chave para o desenvolvimento da safra de milho dos EUA, enquanto agosto é mais importante para a soja.
“Ainda temos tempo para ver se temos mudanças na previsão do tempo que favoreçam o desenvolvimento”, disse Reilly.