B3 acompanha o internacional e milho se desvaloriza 1,7% nesta 5ªfeira

Publicado em 21/07/2022 16:38
Chicago cai 2,8% esperando nova rodada de chuvas nos EUA

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A quinta-feira (21) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando novos recuos na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações finalizaram flutuando entre R$ 83,66 e R$ 89,59. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à R$ 83,66 com valorização de 1,73%, o novembro/22 valeu R$ 86,19 com queda de 1,41%, o janeiro/23 foi negociado por R$ 88,78 com baixa de 1,03% e o março/23 teve valor de R$ 89,59 com perda de 1,17%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira nesta quinta-feira seguiu as movimentações do mercado internacional, o que também refletiu no nos mercados de portos. 

“Hoje o porto de Paranaguá está pagando para exportação entre R$ 84,00 em agosto e R$ 88,00 em dezembro, sendo que ontem pagava até R$ 90,00 no dezembro. Assim, a B3 já está na faixa máxima de R$ 88,00 e o mercado se acomoda por causa de Chicago”, diz. 

Brandalizze ainda destaca que apesar desses recuos, o milho não deve ter ainda muito espaço para novas quedas. “O milho já está chegando no fundo do poço dele. De agora em diante, só um fator mais forte negativo do setor financeiro que poderia pressionar mais”. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho nesta quinta-feira teve mais um dia de baixa nos preços e de poucos negócios, acompanhando a forte perda do petróleo, que chegou a despencar até 5% no início desta manhã. A Bolsa de Mercadorias de Chicago, recuando pela terceira sessão seguida, o dólar ainda operando sem tendência definida e a entrada da safrinha brasileira no mercado seguem gerando pressão aos preços. 

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado brasileiro de milho apresentou preços fracos, de estáveis a mais baixos.  “Há pressão com a entrada, colheita, da safrinha em todas as regiões. Os preços no balcão vão cedendo com o aumento da oferta e nos portos”. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também mais caiu do que subiu neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações apenas no Oeste da Bahia e Porto de Santos/SP. Já as desvalorizações apareceram em Palma Sola/SC, Brasília/DF, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Amambai/MS, Itapetininga/SP e Campinas/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico, o milho continua a perder valor devido ao momento de maior oferta, sendo vendido na casa dos R$ 81,50/sc, em Campinas/SP”. 

Mercado Externo 

A Bolsa de Chicago (CBOT) também fecha uma quinta-feira baixista para os preços internacionais do milho futuro. 

O vencimento setembro/22 foi cotado à US$ 5,75 com desvalorização de 16,50 pontos, o dezembro/22 valeu US$ 5,73 com queda de 16,50 pontos, o março/23 foi negociado por US$ 5,80 com baixa de 16,00 pontos e o maio/23 teve valor de US$ 5,84 com perda de 16,00 pontos. 

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (20), de 2,87% para o setembro/22, de 2,88% para o dezembro/22, de 2,68% para o março/23 e de 2,67% para o maio/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram para mínimas de duas semanas, com as previsões de chuva em partes secas do Centro-Oeste dos EUA aumentando as esperanças de safras abundantes. 

A publicação destaca que, os preços do milho caíram porque os comerciantes se concentraram no clima da safra no meio-oeste dos EUA, onde o milho está polinizando, sua principal fase reprodutiva, mais tarde do que o normal. O USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) disse que 37% da safra de milho dos EUA estava no estágio de espiga em 17 de julho, abaixo da média de cinco anos de 48%. 

As previsões apontavam para chuvas benéficas nos próximos dias e temperaturas moderadas no Centro-Oeste na próxima semana. “As pessoas estão pensando que o clima vai ser um pouco melhor para a reprodução. As temperaturas mais baixas na próxima semana serão extremamente benéficas, e um pouco de chuva ajudaria”, disse Jack Scoville, analista do Price Futures Group em Chicago.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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