Dólar sustenta milho na B3 nesta 2ªfeira, que também teve alta nos preços dos portos

Publicado em 12/12/2022 16:53
Valorização também apareceu em Chicago, de olho nos portos da Ucrânia

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A segunda-feira (12) chega ao final com os preços futuros do milho se sustentando na parte positiva da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 88,09 e R$ 91,46. 

O vencimento janeiro/23 foi cotado à R$ 88,09 com valorização de 0,67%, o março/23 valeu R$ 91,46 com alta de 0,29%, o maio/23 foi negociado por R$ 91,01 com elevação de 0,56% e o julho/23 teve valor de R$ 88,70 com ganho de 0,24%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro foi apoiado pelo dólar em alta, o que renovou o fôlego da B3 e nos valores de embarque para exportação, que pagavam R$ 88,00 na semana passada e hoje giraram em R$ 90,00 para janeiro/23. 

“O mercado está, em média, R$ 1,00 ou R$ 1,50 a mais nos portos hoje do que pagava na semana passada”, destaca Brandalizze. 

O último mês de 2022 se inicia e as exportações brasileiras de milho seguem aquecidas. Nestas duas semanas de dezembro, o Brasil embarcou 1.515.526,9 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).  

Sendo assim, o volume acumulado nestes 7 primeiros dias úteis do mês já representa 44,4% do total de 3.410.600,4 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de dezembro de 2021.  Com isso, a média diária de embarques ficou em 216.503,8 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 46% com relação as 148.287 do último mês de 2021.        

No mesmo período, o Brasil importou 78.793,4 toneladas de milho. Isso significa que, nos 7 primeiros dias úteis do mês, o país recebeu apenas 17,6% do total registrado em dezembro de 2021 (446.319,1 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação foi de 11.256,2 toneladas contra 19.405,2 do mesmo mês do ano passado, redução de 42%.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também mais subiu do que caiu neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações nas praças de Brasília/DF, Amambai/MS, Campinas/SP e Porto Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP e Itapetininga/SP.  

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com os negócios ocorrendo em menor volume, o milho encerrou a semana estável, sendo comercializado na média de R$ 86,00/sc”. 

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho tende a abrir a semana com preços sustentados. “Há preocupações com o clima no Sul do país, especialmente no Rio Grande do Sul, com a ausência das chuvas necessárias ao desenvolvimento das lavouras, o que mantém os produtores cautelosos nas fixações de venda do cereal. A alta de preços na Bolsa de Mercadorias de Chicago e o avanço do dólar frente ao real, por outro lado, podem favorecer negócios voltados ao mercado internacional”. 

A consultoria acrescenta que, o mercado brasileiro de milho manteve preços estáveis na sexta-feira. “O clima na região Sul, em especial no Rio Grande do Sul, ainda é fator de preocupação, com temperaturas acentuadas e chuvas irregulares no estado. A paridade de exportação ainda é uma variável importante a ser considerada. Portanto, as flutuações cambiais e a movimentação do câmbio seguem como fatores relevantes na formação de tendência de curto prazo”, indica a SAFRAS Consultoria. 

Mercado Externo 

A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve um primeiro dia da semana positivo para os preços internacionais do milho futuro. 

O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,41 com elevação de 6,50 pontos, o março/23 valeu US$ 6,54 com valorização de 10,00 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,54 com ganho de 8,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,48 com alta de 7,50 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (09), de 1,10% para o dezembro/22, de 1,55% para o março/23, de 1,40% para o maio/23 e de 1,25% para o julho/23. 

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos subiram nesta segunda-feira depois que um ataque no fim de semana que fechou temporariamente um importante porto para as exportações ucranianas e levantou preocupações sobre interrupções nos embarques de grãos. 

A publicação relata que, a notícia de que o porto ucraniano de Odesa suspendeu as operações no domingo, após greves russas no fornecimento de energia, voltou a atenção para os riscos dos embarques de grãos durante a guerra, mesmo que o porto tenha retomada a atividade na segunda-feira. 

“Os mercados de milho e trigo estão reagindo ao bombardeio russo do porto de Odessa, que terá um impacto significativo na capacidade da Ucrânia de exportar principalmente trigo”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage, em nota repercutida pela Agência.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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