Milho: B3 se desvaloriza nesta 2ªfeira com desenvolvimento da safrinha pressionando

Publicado em 10/04/2023 16:39
Chicago sobe mais de 1% em dia de compras técnicas

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A segunda-feira (10) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 78,70 e R$ 81,60. 

O vencimento maio/23 foi cotado à R$ 78,70 com desvalorização de 1,25%, o julho/23 valeu R$ 79,66 com perda de 0,69%, o setembro/23 foi negociado por R$ 79,59 com queda de 0,64% e o novembro/23 teve valor de R$ 81,60 com baixa de 0,46%. 

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que os portos já não pagam mais R$ 80,00 na exportação, em um sinal de que, a cada semana que se passa com chuvas, a safrinha vai se apontando com grande produção. 

“A gente passa por vários lugares do Brasil e muita gente reclama que vai ter super safrinha, porque tem uma boa parte que foi plantada fora da janela. O pessoal está certo, temos pelo menos 20% da safrinha plantada fora da janela, mas as chuvas estão caindo, a maior parte das lavouras ficou na janela e está evoluindo bem. Se tivermos até o final de abril com chuvas, nós já temos uma garantia de mais de 90 milhões de toneladas de milho”, pontua Brandalizze. 

O mês de abril começou com o Brasil registrando exportação de 195.344,7 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).   

Sendo assim, o volume acumulado nestes 4 primeiros dias úteis do mês representa 28,2% do total de 690.295,8 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de abril de 2022.    

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também teve um primeiro dia da semana negativo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas na praça de São Gabriel do Oeste/MS. Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Brasília/DF, Eldorado/MS, Machado/MG e Campinas/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com o mercado sendo pressionado pela dificuldade na logística e demanda fraca, o milho encerrou a última semana sendo negociado na média de R$ 80,00/sc, esse patamar foi atingido pela última vez no final de jul/22”. 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as cotações do milho seguem em queda na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea.  

“A pressão vem da expectativa de produção nacional mais elevada, que vem mantendo consumidores afastados das negociações, à espera de recuos mais intensos nos preços. Esses demandantes também estão atentos ao fato de muitos produtores indicarem já não ter espaço nos armazéns. Ressalta-se que, produtores brasileiros que, no começo do ano, estavam apreensivos com os atrasos no campo, agora estão otimistas com a produção da segunda safra, sobretudo devido às condições climáticas favoráveis até o momento”, explica. 

Mercado Externo 

Já os preços internacionais do milho futuro tiveram uma segunda-feira positiva na Bolsa de Chicago (CBOT), registrando valorizações de mais de 1% neste primeiro dia da semana. 

O vencimento maio/23 foi cotado à US$ 6,54 com elevação de 10,50 pontos, o julho/23 valeu US$ 6,30 com valorização de 10,75 pontos, o setembro/23 foi negociado por US$ 5,70 com ganho de 6,00 pontos e o dezembro/23 teve valor de US$ 5,62 com alta de 6,00 pontos. 

Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira (06), de 1,71% para o maio/23, de 1,78% para o julho/23, de 1,06% para o setembro/23 e de 1,08% para o dezembro/23. 

Segundo informações do site internacional Farm Progress, "os preços do milho ficaram quase estáveis no pregão da madrugada, mas ganharam um impulso sólido depois que uma rodada de compras técnicas na segunda-feira levou a ganhos de 1,7% no fechamento". 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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