Milho tem leves recuos nesta 2ªfeira, mas ainda ronda os R$ 70,00 na B3

Publicado em 16/10/2023 16:59
Chicago cai em dia de movimentações técnicas

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A segunda-feira (16) chega ao final com os preços futuros do milho levemente recuados na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações se retraíram menos de 0,5% e flutuaram na faixa entre R$ 61,90 e R$ 69,05. 

O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 61,90 com baixa de 0,40%, o janeiro/24 valeu R$ 65,73 com perda de 0,35%, o março/24 foi negociado por R$ 69,05 com desvalorização de 0,49% e o maio/24 teve valor de R$ 67,90 com queda de 0,15%. 

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira acompanhou as movimentações negativas vindas de Chicago, com o mercado vendendo milho e comprando soja nesta segunda-feira à espera dos novos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

“A B3 segue a linha de Chicago, mas segue tentando bater os R$ 70,00 para o março/24. Hoje ainda não conseguiu, mas esta semana esses R$ 70,00 vem, há fundamentos para isso”, afirma Brandalizze. 

Em duas semanas do mês de outubro, o Brasil já embarcou 3.989.484,6 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) para exportação, de acordo com o mais recente reporte da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso já representa 58,79% a mais do que o total exportado em outubro de 2022 (6.785.069,5 toneladas).         

Com isso, a média diária de embarques nestes 9 primeiros dias úteis ficou em 443.276,1 toneladas, o que na comparação ao mesmo período do ano passado, representa elevação de 24,1% com relação as 357.108,9 do décimo mês de 2022.             

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho oscilou entre altos e baixos neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Palma Sola/SC, Jataí/GO e Brasília/DF. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Sorriso/MT, Rio Verde/GO, Itapetininga/SP e Campinas/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, os preços do milho seguem em alta no mercado brasileiro.  

De acordo com pesquisadores do Cepea, “o impulso vem sobretudo da retração de vendedores, que se mostram capitalizados e sem necessidade de liberar espaços nos armazéns. Além disso, a demanda internacional está aquecida, e uma parte dos compradores domésticos também demostra interesse em recompor os estoques”.  

Diante disso, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) voltou a operar acima dos R$ 60/saca de kg, patamar nominal que não verificado desde maio deste ano. 

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também tiveram uma segunda-feira negativa em suas movimentações na Bolsa de Chicago (CBOT). 

O vencimento dezembro/23 foi cotado à US$ 4,90 com perda de 3,25 pontos, o março/24 valeu US$ 5,05 com baixa de 3,50 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,12 com desvalorização de 3,75 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,18 com queda de 3,50 pontos. 

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (13), de 0,61% para o dezembro/23, de 0,59% para o março/24, de 0,78% para o maio/24 e de 0,58% para o julho/24. 

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram um revés técnico moderado na segunda-feira, mas as perdas foram de certa forma controladas por uma venda relâmpago ao México anunciada esta manhã. 

Os exportadores privados anunciaram ao USDA a venda de 7,9 milhões de bushels de milho para entrega ao México durante a campanha de comercialização de 2023/24, que começou em 1º de setembro. 

A publicação destaca ainda que, antes do próximo relatório de progresso da safra do USDA, os analistas esperam ver a colheita de milho passar de 34% por semana para 46% até 15 de outubro. 

“A colheita é, obviamente, o momento em que os preços das culturas normalmente atingem os níveis mais baixos, e os mínimos recentes da soja de novembro e do milho de dezembro ficaram apenas a uma semana das médias dos últimos 50 anos”, observa o analista do mercado de cereais Bryce Knorr, em nota repercutida pela Farm Futures.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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